Os pesquisadores do centro de meteorologia do governo do Reino Unido preveem que 2021 será um pouco mais frio que 2020 em todo o mundo, mas ainda será um dos seis anos mais quentes já registrados.
O fenômeno climático La Niña no oceano Pacífico fará com que as temperaturas caiam, mas os gases causadores do efeito estufa continuarão sendo o maior fator de influência no clima global.
Os pesquisadores dizem que o mundo provavelmente ficará cerca de 1°C mais quente do que na era pré-industrial. Será o sétimo ano consecutivo que ficará próximo ou acima desta marca.
De acordo com as projeções do centro de meteorologia britânico, a temperatura da Terra em 2021 provavelmente ficará entre 0,91° C e 1,15º C acima do que eram nos anos 1850-1900, com uma estimativa média de 1,03º C.
O efeito La Niña
O La Niña se desenvolve quando fortes ventos sopram as águas quentes da superfície do Pacífico para longe da América do Sul e em direção às Filipinas.
O resultado disso é que as águas mais frias do fundo do oceano acabam vindo para a superfície do mar e reduzindo as temperaturas ali.
Espera-se que o fenômeno provoque uma queda de 1°C ou 2°C, o que provavelmente será o suficiente para evitar que 2021 tenho um novo recorde de alta temperatura.
Os pesquisadores dizem que o impacto de um evento de resfriamento natural como o La Niña, embora seja importante, é ofuscado pelo aquecimento causado pelos gases do efeito estufa na atmosfera.
Os anos mais quentes
A instituição britânica diz que sua experiência bem sucedida na previsão de temperaturas anuais anteriores lhe dá confiança nas projeções para o próximo ano.
Um ano atrás, a agência estimou que 2020 seria entre 0,99°C e 1,23°C mais quente do que os níveis pré-industriais. Dados de janeiro a outubro deste ano indicam que a temperatura anual ficará 1,17°C acima da média de 1850-1900.
O ano de 2016 continua sendo o mais quente já registrado, com 2020 disputando o segundo lugar com 2019.
De acordo com uma avaliação provisória da Organização Meteorológica Mundial, os seis anos mais quentes em registros globais desde 1850 ocorreram depois de 2015. O Met Office espera que 2021 supere 2018 e fique em sexto lugar.
Fonte: BBC Brasil
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