Em depoimento à Polícia Federal de Minas Gerais, sobre a suposta vacinação contra a Covid-19 irregular em Belo Horizonte, os irmãos Robson e Rômulo Lessa, empresários do setor de transporte, admitiram que adquiriram medicamentos de origem ilícita.
A reportagem não conseguiu contatar os irmãos ou a defesa deles, para mais informações.
Nesta terça-feira (30), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em uma clínica e na casa da enfermeira que aparece nas imagens da suposta vacinação. Ela e o filho foram conduzidos para prestar depoimento, sob a suspeita de comercialização e aplicação de vacinas contra o novo coronavírus, que teriam origem ilícita.
Pelas imagens divulgadas pela PF do material apreendido durante a operação, foram encontrados um cartão de vacina assinado "Vacina Covid Pfizer 24/03/21", seringas e o que parecem ser medicamentos.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a principal linha de investigação da polícia é que as vacinas recebidas pelo grupo eram falsas. Soro e ampolas foram encontrados no endereço ligado à enfermeira. Os materiais foram apreendidos e serão encaminhados para a perícia criminal.
A enfermeira autuada tem passagem por furto, e teria vendido vacinas ilegais para outras pessoas, além do grupo que é investigado pela operação atual, aponta a PF.
Na ação que cumpriu seis mandados de busca e apreensão, na sexta-feira (26),os policiais encontraram uma lista com nome de 57 pessoas que supostamente teriam sido vacinadas na garagem de uma empresa, em Belo Horizonte.
PFIZER NEGA COMERCIALIZAÇÃO
Desde a divulgação do caso, a Pfizer nega comercialização do imunizante em território brasileiro ou "fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização".
Além da hipótese de que as doses sejam faltas, a PF trabalha com mais duas linhas de investigação: que as vacinas tenham sido importadas ilegalmente, sendo a origem chilena uma das hipóteses, ou que os medicamentos tenham sido desviados do Ministério da Saúde.
Fonte: Diario do Nordeste
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