Em meio ao que é considerado o "pior momento" da pandemia de Covid-19 no país, peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) consideram suspender novamente o atendimento presencial nas agências.
A categoria, que deve reunir-se nesta terça-feira (2) para discutir ações a serem tomadas, alerta para o risco de contaminação nos postos e defende que seja retomado o trabalho remoto dos servidores.
A medida já foi aplicada no ano passado. De março a setembro, quando teve início a reabertura gradual das agências, serviços presenciais, como a perícia médica, foram suspensos.
"Vamos discutir o que fazer e considerar que, se houver o colapso da saúde, com taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 90%, ou onde estejam vigentes medidas de restrição, na nossa opinião deverá, sim, voltar ao atendimento remoto de forma temporária", afirma Francisco Eduardo Cardoso Alves, presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos).
Adiantamento e atrasados do auxílio-doença
O fechamento das agências do INSS em 2020 fez com que o órgão concedesse uma antecipação de R$ 1.045 (antigo salário mínimo) a segurados que entrassem com a solicitação de auxílio-doença.
Para receber o adiantamento, era preciso enviar atestado médico válido pelos canais remotos. Assim, o benefício era liberado sem a realização de perícia médica.
Segundo portaria publicada em setembro, ficou determinado que quem teve a concessão da antecipação até 2 de julho e não pediu a prorrogação do benefício ficaria dispensado da perícia para receber os atrasados, caso houvesse direito.
Já para quem teve a concessão do adiantamento após o dia 2 de julho, a perícia médica passou a ser necessária para receber os valores atrasados que ultrapassavam o adiantamento de R$ 1.045.
O INSS informou, também à época, que o pagamento das diferenças seria concluído até o final de outubro.
Fonte: Diario do Nordeste
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