O inverno no Hemisfério Sul começou nesta segunda-feira, 21, com o início do solstício de inverno. O fenômeno se estende até o próximo dia 22 de setembro de 2021. Durante este período, as noites são mais longas do que os dias. É a época mais fria do ano, pois as temperaturas são baixas, podendo até nevar em algumas localidades no Sul do Brasil. No Ceará, porém, não deverão ser percebidas grandes alterações na temperatura do ar.
Quem explica o motivo é Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Conforme a especialista, por estar localizado praticamente na Linha do Equador, as estações do ano não são percebidas no Estado, como ocorre nas regiões Sudeste e Sul do País.
"De um modo geral, temos duas estações bem definidas: a da chuvas, no primeiro semestre do ano, e a dos ventos, do sol, da ausência de chuvas, no segundo semestre", acrescenta. Junho e julho são os meses da pós-estação chuvosa, marcada de fevereiro a maio. "Nessa época, os ventos começam a aumentar, e para o cearense esse já é o indício do final da temporada de chuvas", completa Meiry.
Conforme a gerente de Metereologia, a normal climatológica do período cai para pouco mais de 50 milímetros (mm), e as chuvas ocorrem de forma eventual, quando as ondas de leste alcançam parte do Litoral, região Jaguaribana e, às vezes, o Cariri. De agosto e setembro, a velocidade dos ventos aumenta drasticamente, ultrapassando 30 km/h no Litoral cearense.
"Bom observar que no Nordeste, de um modo geral, costumamos chamar de inverno o período das chuvas. Isso acaba criando uma certa confusão, pois esse chamado inverno das chuvas não coincide com o inverno do frio das outras regiões do Brasil", esclarece Meiry.
Fonte: O Povo
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