O crescimento do abate de
jumentos para comercialização da pele no mercado externo pode levar à extinção
da espécie no Brasil. O alerta é dos pesquisadores da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP.
Segundo os dados do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o abatimento cresceu mais de
8.000% entre 2015 e 2019, quando 91.645 animais foram mortos. "Mantido o
ritmo atual de abate, a existência da espécie está ameaçada, pois a taxa de
reprodução dos animais não acontece na mesma velocidade", explica a
pesquisa.
O abate de equídeos, como
cavalos, mulas e jumentos, é aprovado no Brasil, porém, boa parte do mercado
mundial ocorre ilegalmente. Os pesquisadores explicam que muitos jumentos
vendidos para fora são capturados, roubados ou comprados a baixo preço, o que
coloca em risco a saúde animal e humana.
O jumento é símbolo do Nordeste,
sendo agente histórico na construção das cidades do sertão. Do passado até os
dias atuais, eles são usados como força de tração.
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