A 5ª fase da "Operação Banquete", deflagrada na manhã desta terça-feira (27), cumpriu dois mandados de prisão temporária, um de prisão preventiva e oito de busca e apreensão. O foco é a desarticulação de um suposto esquema de corrupção envolvendo a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Em nota, a Prefeitura de Eusébio afirmou que "permanece empenhada em adotar todas as medidas para assegurar a moralidade na administração pública do município". Segundo o município, a gestão colabora com as investigações e acompanha os desdobramentos, para, caso seja necessário, tomar providências.
A operação foi deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e apoio da Polícia Civil. Os mandados foram cumpridos nos municípios de Eusébio, Aquiraz, Fortaleza, Horizonte e Pindoretama. Foram apreendidos eletrônicos e documentos.
Conforme o MPCE, a investigação gira em torno de uma possível associação criminosa. Segundo as apurações, empresários mantinham pagamento de propina a gestores e terceiros para manter os contratos da UPA.
São investigados empresários do setor de alimentação, um gestor em saúde e um ex-chefe de Gabinete de Prefeitura, que também já integrou a Secretaria de Governo e a articulação política de Eusébio.
De acordo com o MP, empresas vinculadas ao esquema receberam mais de R$ 9,4 milhões em contratos com a cidade.
Engenheiros e empresários presos
Na quarta fase, deflagrada em janeiro deste ano, dois engenheiros e um empresários suspeitos de fraudar licitação foram presos. Além dos quatro, um agente público foi afastado de suas funções.
A primeira fase foi deflagrada em 19 de agosto de 2020 e, desde o princípio, tem o objetivo de desarticular um grupo criminoso que fraudam licitações. Ao todo, conforme o MPCE, 24 pessoas já foram denunciadas, 20 mandados de prisão cumpridos; 32 de busca e apreensão, além de 6 afastamentos funcionais.
Por G1 CE
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