A composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o destino de recursos recebidos pelas associações ligadas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, com envolvimento no motim de 2020, foi discutida nesta terça-feira (17), na Assembleia Legislativa estadual.
A CPI foi instalada durante sessão plenária no último dia 12 e tem um prazo de 120 dias. Durante a sessão, o presidente da AL, deputado Evandro Leitão, leu o parecer favorável à instalação produzido pela Procuradoria da Casa. O pedido para instalação foi protocolado no dia 19 de fevereiro de 2020 pelo deputado Romeu Aldigueri (PDT), com a assinatura de 31 parlamentares.
De acordo com Evandro Leitão (PDT), após debate com os líderes dos blocos partidários, foram apontados número de vagas que irão preencher a formação da CPI. Das nove vagas, seis já estavam pré-definidas, em razão do quociente partidário; confira:
Três serão ocupadas por parlamentares do bloco PDT/DEM/Cidadania;
- Uma pelo PT;
- Uma pelo PP;
- Uma pelo MDB.
“Em relação às outras três vagas, chegou-se a um acordo, a partir da proporcionalidade e do quociente partidário, que a oposição será contemplada, com uma vaga já tendo sido indicada pelo bloco Republicanos/Pros”, explicou Leitão.
O deputado Soldado Noélio (Pros), foi o único membro da oposição já definido para integrar a Comissão.
Deputados comentam composição
Evandro Leitão adiantou ainda que até sexta-feira vão ser recebidas as indicações de nomes enviados pelos blocos partidários para a composição da CPI. “Após isso, a previsão é de que na terça ou quarta-feira da próxima semana nós possamos fazer a eleição do presidente, do vice-presidente, e do relator da Comissão”, complementou o presidente da AL.
O líder do Governo na Casa, deputado Júlio César Filho (Cidadania) também comentou a formação da comissão. “O objetivo dessa CPI é investigar alguns indícios de utilização indevida e ilegal de recursos arrecadados pelas associações de policiais, que, constitucionalmente, não podem fazer movimentos paredistas ou grevistas, que são enquadrados como motins”, comentou o deputado.
Já o deputado Soldado Noélio (Pros), da oposição, considerou que a “CPI está sendo instalada para fazer discurso político”, e que na realidade deveria ser instalada uma CPI para investigar as facções, e não a polícia.
Por G1 CE
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