sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Policial militar é confundido com integrante de facção e é espancado em Fortaleza



Um policial militar do Ceará foi espancado até desmaiar após ter sido confundido com um integrante de uma facção criminosa. Uma decisão judicial da 17ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza converteu a prisão em fragrante dos agressores em prisão preventiva. A agressão ao policial é descrita no documento que traz a decisão da Justiça.

A decisão foi dada, nesta quinta-feira (25), pela juíza Adriana da Cruz Dantas após audiência de custódia do quarteto detido. Foram presos pelas agressões contra o policial militar os suspeitos: Thalys Gabriel Antunes Ferreira, Emerson Tiago Anselmo, José Expedito Lima Lopes e Fabiana Cassimira Costa da Silva.

De acordo com a decisão, os suspeitos foram reconhecidos pelo servidor e integram uma organização criminosa de origem carioca. Eles teriam confundido o PM com o integrante de uma facção rival, de origem cearense.

"Os autuados e outros indivíduos surraram a vítima com chutes, socos, pauladas, punhaladas, ameaçando-o de morte durante a sessão de espancamento, pontuando que a violência foi tão extrema que o lesado chegou a desmaiar enquanto era agredido", escreveu a juíza na decisão.

O crime ocorreu no bairro Álvaro Weyne, na terça-feira (24), e os suspeitos também levaram o telefone celular, uma motocicleta e uma arma de fogo do policial. O veículo e o armamento pertencem à Polícia Militar do Ceará e estavam sob guarda do agente.

A defesa de Fabiana solicitou a prisão domiciliar em função de a mulher ter um filho menor de 12 anos de idade. Contudo, a juíza não concedeu o pedido argumentando que o crime ocorreu "mediante violência e grave ameaça, desferindo pauladas na vítima durante a sessão de espancamento".

Os suspeitos afirmaram, durante depoimentos concedidos à Justiça, que sofreram agressões físicas dos policiais militares que os prenderam. Desta forma, a juíza expediu ofício à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) para que sejam adotadas as medidas cabíveis.


Por G1 CE


Nenhum comentário:

Postar um comentário