Vinte e cinco peixes-bois estão em reabilitação nas bases do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Potigar (PMP-BP), mantido pela Petrobras em parceria com instituições locais, no Ceará e Rio Grande do Norte (RN). De setembro a março, é comum avistar peixes-bois marinhos nas praias destes estados, segundo o PMP-BP.
As equipes do Projeto de Monitoramento de Praias atuam diariamente e todos os animais marinhos encontrados debilitados ou mortos são avaliados e, quando necessário, são encaminhados para o atendimento veterinário nos Centros de Reabilitação.
Após a reabilitação e readaptação em cativeiro de aclimatação, os 25 peixes-bois que estão em reabilitação serão soltos para o seu ambiente natural. Antes da soltura, eles recebem um número de identificação e um equipamento que permite localizá-los.
"Este rastreador muitas vezes chama a atenção da população e dos pescadores que em alguns momentos podem tentar retirá-lo do animal. Por isso, estamos realizando um trabalho educativo com as comunidades locais para explicar a funcionalidade e importância deste rastreador, para acompanharmos a adaptação, saúde e desenvolvimento do animal", explica Vitor Luz, coordenador geral do PMP no Ceará e veterinário da ONG Aquasis.
No início de agosto, o projeto realizou a translocação de dois peixes-bois para o cativeiro de aclimatação, um tanque-rede acoplado numa plataforma flutuante, localizado na Praia de Peroba, no município de Icapuí, no litoral do Ceará.
Durante aproximadamente seis meses, os animais vão permanecer no espaço, construído a cerca de 300 metros da costa para que os animais possam se adaptar ao ambiente natural, antes do retorno definitivo para natureza.
Os PMPs constituem o maior programa de monitoramento de praias do mundo. Para a execução e eficiência deste projeto, a Petrobras trabalha em parceria com diversas instituições científicas e organizações não governamentais.
Na Bacia Potiguar o trabalho é realizado em conjunto com o Projeto Cetáceos da Costa Branca da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN) e com a Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis).
O monitoramento é fiscalizado pelo Ibama e compreende o registro, resgate, necropsia, reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo para a gestão de políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha.
Por G1 CE
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