sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Ceará está há oito semanas fora da zona de alerta de ocupação de UTIs por Covid, diz Fiocruz



A edição extraordinária do Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que o Ceará se mantém há oito semanas fora da zona de alerta para ocupação de UTIs provocadas pelo coronavírus. Atualmente, conforme o documento, 38% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes adultos com quadros mais graves estão ocupados.

O Ceará vem se mantendo fora da zona de alerta desde o boletim do dia 19 de julho de 2021, com redução paulatina nesse índice. Antes disso, o estado se mantinha em níveis intermediários ou críticos desde julho de 2020, quando começou a ser feito o levantamento.

A Fiocruz começou a fazer o levantamento em 17 julho de 2020. Nesta época, o Ceará aparecia em "alerta intermediário", ou seja, com a taxa de ocupação leito UTI adulto Covid-19 entre 60% e 80%. Quando há baixa ocupação, a entidade considera fora da zona de alerta; já com ocupação acima de 80%, o nível é chamado de "crítico".

Conforme a entidade, "a redução simultânea e proporcional desses indicadores demonstra que a campanha de vacinação está atingindo um dos seus principais objetivos, que é a redução do impacto da doença, reduzindo casos graves, internações e óbitos".

Em todo o Brasil, apenas o estado de Roraima está em nível crítico na taxa de ocupação de UTIs, com 82%. O Rio de Janeiro, por sua vez, está com nível médio, com 66%. Veja a evolução da ocupação das UTIs no Brasil no mapa divulgado pela Fiocruz:


A Fiocruz destaca a queda também nos indicadores de Fortaleza. Segundo a Fundação, a ocupação de pacientes adultos graves caiu de 60% para 55%, deixando a zona de alerta intermediária.

"O cenário relativo às taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS em todo o país ratifica, de forma consistente, a queda na demanda por cuidados de terapia intensiva entre pacientes com Covid-19 resultante da vacinação. Mesmo com a circulação da variante Delta há indícios de que o nível ainda elevado de transmissão do vírus não tem se revertido em elevação de casos graves", escreveu a instituição no boletim.


Por Cadu Freitas, G1 CE


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