O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Romildo Rolim, foi destituído nesta quinta-feira (30), conforme fato relevante publicado pela entidade. O documento é assinado pelo diretor de Relações com Investidores, Hailton José Fortes.
A decisão foi tomada, conforme a nota, em uma reunião do Conselho de Administração do BNB. No lugar de Romildo Rolim, fica interinamente o diretor de negócios do banco, Anderson Aorivan da Cunha Possa. Conforme a entidade, ele acumulará a função de presidente e conselheiro de administração.
Segundo o BNB, Anderson Possa é formado em Direito, com pós-graduação em Processo Civil, mestrado em Economia e doutorando em Ciências Contábeis e Administração. Ele já foi consultor, gerente e superintendente nacional da Caixa Econômica Federal, bem como superintendente de Negócios do Setor Público do Banco de Desenvolvimento de São Paulo.
Pedido de exoneração
Na segunda-feira (27), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, um dos partidos que dão sustentação ao Governo Bolsonaro no Congresso Nacional, pediu a demissão de Romildo Rolim da presidência do BNB e de toda a diretoria. O presidente da entidade é uma indicação do partido.
"Estou enviando ainda hoje um ofício ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, à ministra-secretária do Governo, Flávia Arruda, com cópia para o presidente da República, pedindo a demissão do presidente e toda a diretoria do Banco do Nordeste", disse em vídeo publicado nas redes sociais.
De acordo com Valdemar, o pedido diz respeito a um contrato mantido pelo presidente (agora destituído) e pela diretoria do Banco com uma Organização Não-Governamental (ONG) na casa de R$ 600 milhões anuais.
Nomeação
Rolim foi nomeado para a assumir a presidência do BNB em dezembro de 2017, ainda na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB). Ele é funcionário de carreira da entidade e, naquele momento, ocupava a diretoria financeira e de crédito da instituição.
Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retirou-o de forma relâmpago da Presidência, nomeando Alexandre Borges Cabral. A informação à época é de que ele era indicado pelo Centrão, grupo de partidos que fazem a sustentação da gestão Bolsonaro no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados.
Contudo, Cabral durou menos de 24 horas no cargo. O Tribunal de Contas da União (TCU) informou que ele era investigado por supostas irregularidades quando comandou a Casa da Moeda.
Por g1 CE
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