O Ceará abriu 452 leitos públicos de enfermaria e UTI para atendimento a pacientes com Covid-19 e síndrome gripal. A ampliação foi anunciada pelo governador Camilo Santana (PT), nesta segunda-feira (10), após reunião com a equipe de saúde do estado.
De acordo com Camilo, os novos leitos, inclusive, já estão em funcionamento. "Abriremos quantos leitos forem necessários, assim como fizemos na primeira e segunda onda da pandemia. Também dobramos o número de unidades públicas de testagem. Seguimos juntos e fortes para enfrentar e vencer essa pandemia", disse o governador.
"Continuamos acompanhando o cenário atentamente e não mediremos esforços para garantir atendimento para nossa população da capital e do interior", complementou Camilo.
Zona de alerta crítico em Fortaleza
O Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) apresentado nesta sexta-feira (7) coloca Fortaleza na 'zona de alerta crítico' da ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para a Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a FioCruz, Fortaleza tem 85% de ocupação de leitos de UTI da rede pública, mesmo percentual de Maceió. Goiânia está em primeiro, com 97% de ocupação dos leitos públicos.
Ainda de acordo com a FioCruz, as taxas observadas não são comparáveis àquelas verificadas no pior momento da pandemia, há quase um ano, considerando a redução no número de leitos destinados à Covid-19. A FioCruz reforça que ainda é precoce, desta forma, afirmar que há uma nova pressão sobre os leitos de UTI, baseado apenas nos dados disponíveis e apresentados no boletim.
Capitais na zona de alerta crítico
- Goiânia (97%)
- Fortaleza (85%)
- Maceió (85%)
Capitais na zona de alerta intermediário
- Palmas (66%)
- Salvador (62%)
- Belo Horizonte (73%)
Capitais fora da zona de alerta
- Porto Alegre (57%)
- Brasília (57%)
- Vitória (56%)
- Campo Grande (47%)
- Curitiba (46%)
- Porto Velho (44%)
- Florianópolis (42%)
- Macapá (40%)
- Cuiabá (36%)
- São Paulo (35%)
- Manaus (34%)
- Natal (34%)
- João Pessoa (32%)
- São Luís (30%)
- Rio Branco (10%)
- Rio de Janeiro (2%)
Novas variantes, epidemias e festa de fim de ano
A FioCruz diz em seu boletim que o cenário atual conta com um agravante, no caso, a nova variante, a Ômicron, caracterizada até o momento por sua alta taxa de transmissão e baixa letalidade, que vem rapidamente se disseminando no país. Ao mesmo tempo há uma epidemia de influenza pelo vírus H3N2.
Além disso, FioCruz destaca que, o país vive um momento imediatamente posterior às festas de fim de ano, em que houve maior movimento de circulação de pessoas e eventos com aglomeração. Todos estes elementos contribuem para impactar negativamente a dinâmica da pandemia e a capacidade de enfrentamento, com impactos sobre a saúde da população e o sistema de saúde.
Por g1 CE
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