A Justiça do Ceará mandou um homem que havia sido preso em 2019 acusado de matar a ex-companheira na frente dos filhos por não aceitar o fim do relacionamento. O poder judiciário aceitou o pedido da defesa, que alegou excesso de prazo da prisão preventiva do réu após o julgamento ser adiado por oito vezes.
A Justiça adiou o julgamento várias vezes alegando que inviabilidade devido à pandemia de Covid-19 e, em uma situação, por falta de comida para o júri durante a sessão.
Em entrevista à TV Verdes Mares, a família da costureira morta aos 38 anos, se disse "decepcionada" com a decisão da Justiça e "temerosa" pelo réu está solto.
A mulher de 38 anos foi morta a tiros dentro de sua casa, na frente de seus dois filhos e da mãe dela em Juazeiro do Norte, na região do Cariri. O suspeito é seu o ex-companheiro da vítima, Severo Manoel Dias Neto, 39, pai das crianças, que está foragido. O casal havia se separado ano passado, mas ele não aceitou o fim da relação.
O crime aconteceu no conjunto do programa Minha Casa, Minha Vida, no Bairro Brejo Seco. De acordo com a irmã da vítima, Roselania Santana, a costureira estava sentada na calçada, conversando com os vizinhos, quando percebeu a chegada do ex-marido. Imediatamente, ela correu e se trancou no imóvel. No entanto, Severo arrombou a porta e entrou dentro da casa atirando.
“Não tinha para onde correr para canto nenhum. Depois, ele saiu na maior tranquilidade, com a arma na mão, com sangue frio, e fugiu com um comparsa”, afirma. As duas crianças, de 7 e 12 anos, ao verem o ataque do pai, deitaram-se no chão com medo de também serem alvos. Rosemeire chegou a ser socorrida para o Hospital Regional do Cariri (HRC), mas morreu minutos depois.
Por G1 CE
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