terça-feira, 8 de março de 2022

Bairros de Fortaleza recebem fumacê a partir desta segunda após crescimento de casos de dengue e chikungunya



A cidade de Fortaleza começou a receber, nesta segunda-feira (7), a operação fumacê, com o intuito de controlar os índices de arboviroses, que apresentaram aumento neste ano. O material dispersado é capaz de eliminar o mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a operação iniciou nos bairros Luciano Cavalcante, Jardim das Oliveiras, Cidade dos Funcionários e Parque Manibura. A operação ocorrerá nesses locais em três ciclos (entre 7 e 10 de março; entre 14 e 17 de março e entre 21 e 24 de março).

Os bairros da Regional VI tiveram surtos de casos suspeitos de chikungunya nos dois primeiros meses deste ano. Em Fortaleza, os índices duplicaram quando comparados os meses de fevereiro e janeiro de 2022.

A operação consiste em profissionais da área em carros pulverizadores, com capacidade de espalhar o produto antimosquito em uma área que compreende 684 quarteirões. Os serviços serão realizados das 5h às 8h30 e das 16h às 20h.

De acordo com a secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, Ricristhi Gonçalves, o fumacê é eficaz para combater o mosquito. "É fundamental que a população abra portas e janelas para que a ação tenha efeito. É importante destacar que o produto pulverizado não traz nenhum dano para a saúde de humanos, animais de estimação ou plantas", diz.

Fortaleza é a sexta cidade do Ceará a receber a operação neste ano. O fumacê já foi dispersado nas cidades de Barbalha, Juazeiro do Norte, Aratuba, Pacoti e Mulungu.


Aumento de casos

Os bairros Jardim das Oliveiras, Cidade dos Funcionários, Luciano Cavalcante e adjacências, todos na Regional VI de Fortaleza, tiveram surto de casos suspeitos de chikungunya. O número de casos da doença na cidade quase que duplicaram em fevereiro em relação a janeiro de 2022.

Em Fortaleza, 1.065 prováveis casos de dengue foram notificados. Destes, 14,3% (152) foram confirmados. Já os números de chikungunya nos meses de janeiro e fevereiro de 2022 sinalizam para um cenário de alerta.

O resultado das amostras testadas pelo Lacen para detecção de anticorpos IgM mostra uma positividade de 18,1% em janeiro, e 32,6% em fevereiro, números superiores aos registrados no mesmo período de 2021. Já para a Zika o cenário é de baixa transmissão.


Por g1 CE


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