terça-feira, 29 de março de 2022

Poço onde mulher morreu após queda no Ceará sofreu erosão devido às chuvas; entenda os riscos e como evitar acidentes

 


As chuvas ocorridas em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, durante esta estação chuvosa influenciaram na erosão do poço de quase 70 metros de profundidade, no qual duas mulheres caíram na quinta-feira (24) e uma delas morreu. A informação foi confirmada pelo coronel Agnaldo Viana, comandante do Corpo de Bombeiros da região, que ressaltou os cuidados para que acidentes como esse não sejam frequentes.

No domingo (27), o Corpo de Bombeiros resgatou o corpo de Sônia Cristina Pereira da Silva, de 48 anos, após 70 horas de operação de resgate. Ela caiu na estrutura com a amiga Edilânia Moreira, que sobreviveu com fraturas nas pernas e nos braços.

De acordo com o coronel, em virtude das chuvas, "toda a água que descia ali estava causando erosão nas paredes da cacimba. Isso meio que facilitou. Com certeza, o poço erodiu em virtude das chuvas, [pois] foi cedendo o piso por baixo". A estrutura é antiga e estava desativada, conforme o comandante dos bombeiros. O local tinha uma tampa e um piso, mas acabou cedendo.


Dicas de prevenção e cuidado

De acordo com o coronel Viana, poços desse tipo que são usados para retirar água para uso da família são comuns no Ceará. Por isso, é preciso uma série de cuidados para evitar que acidentes desse tipo se repitam. O aspecto principal, inicialmente, é se a estrutura está sendo utilizada ou não.

"[Caso o poço esteja desativado], se não tem água dentro pra retirar, nossa indicação é que seja entupida a cacimba para que não haja um acidente desse jeito", indica o profissional. Se o espaço ainda é utilizado para retirada de água de um lençol freático, a indicação é distinta.

"Se a pessoa não quiser entupir, é preciso que o poço tenha pelo menos um metro acima de estrutura de tijolos. É importante também que seja tampado e observado, além de ser feita manutenção periódica", avalia.

Essas estruturas feitas artesanalmente não são verificadas pelo Corpo de Bombeiros, mas a indicação dos militares é que elas sejam avaliadas por profissionais de engenharia e pela Defesa Civil.


Por g1 CE


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