O Governo do Ceará lançou, nesta segunda-feira (18), o Projeto C-Jovem. A iniciativa alcançará todo o estado, com meta de capacitação de 100 mil estudantes em até cinco anos no desenvolvimento de tecnologias, como Infraestrutura 5G, Desenvolvimento Android e Nuvem.
A ação, de caráter multi-institucional, nasce diante da necessidade de profissionais para o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil e também frente aos entendimentos com o setor para o desenvolvimento do Ceará. É fruto de uma proposta conjunta do Governo do Ceará, por meio das Secretarias da Educação (Seduc); do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet); Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Secitece); e Planejamento e Gestão (Seplag), por intermédio da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ceará (Etice).
Neste primeiro momento, participam as Instituições de Ensino Superior (IES): Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Universidade Federal do Ceará (UFC). São parcerias as empresas Amazon Web Services (AWS), DELL, Huawei, Google e Oracle. Também participam Sebrae/CE, Federação das Indústrias do Ceará (FIEC/Senai), Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio/Senac), Instituto Iracema Digital e Instituto Atlântico.
O projeto-piloto que inicia a implantação do C-Jovem na rede pública estadual de ensino capacitou mais de 200 professores, que agora repassam conhecimentos a 4.358 alunos dos cursos técnicos em Rede de Computadores e em Informática de 109 Escolas Estaduais de Educação Profissional. A partir do segundo semestre deste ano avançaremos de acordo com as avaliações, com os alunos sendo preparados para o mercado de trabalho, e com um certificado internacional, informou a secretária da Educação, Eliana Estrela.
Serão ofertadas seis trilhas de conhecimento: Nuvem, Infraestrutura 5G, Fullstack, Inteligência Artificial, Java e Desenvolvimento Android. A formação inclui raciocínio lógico; inglês para TIC; empreendedorismo e inovação; comunicação e relacionamento interpessoal; e Tecnologia da Informação e Comunicação, sendo que nessa última o jovem poderá escolher uma área de específica.
Essa experiência inovadora será formada por células de atuação. Cada uma composta por um coordenador que apoiará jovens tutores provenientes do ensino superior. Esses, por sua vez, apoiam estudantes do ensino médio. O programa será executado por meio de projeto de extensão das IES e terá duração de um ano, considerando um período de imersão nas empresas parceiras para que estudante utilize os conhecimentos na prática.
O grande diferencial apontado pelo C-Jovem está na flexibilidade que cada célula terá de agregar ao curso demandas específicas das empresas parceiras.
Com a iniciativa, a expectativa é alcançar resultados como retenção de talentos pelo aumento da qualidade das oportunidades de emprego e empreendedorismo; melhor oferta por profissionais de TIC, em quantidade e em formação curricular, de forma conectada com a demanda de um setor estratégico para o país; inclusão do jovem em políticas de empreendedorismo colaborativo e desenvolvimento socioeconômico; e governo-academia-empresas alinhados para contribuir com o fortalecimento do empreendedorismo e da inovação.
Por Viviane Bastos
Miséria.com.br
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