quinta-feira, 21 de abril de 2022

Fortaleza registra trimestre com menor número de mortes no trânsito em 20 anos, aponta estudo da AMC



Fortaleza registrou uma redução no número de mortes no trânsito no primeiro trimestre de 2022, sendo considerado o menor índice dos últimos 20 anos, conforme pesquisa da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), divulgada nesta quarta-feira (20).

Segundo o estudo, entre janeiro e março deste ano foram registradas 26 mortes no trânsito da capital. O índice representa uma queda de 65% em relação à média do mesmo período da série histórica. Em comparação com a média do primeiro trimestre de 2021, a redução é de 41%.

Para André Luís Barcelos, gerente de educação para o trânsito da AMC, os números demonstram que as ações educativas como redução da velocidade em algumas vias da cidade foi responsável pela diminuição no número de óbitos. Essa medida resultou na redução de 64% no número de acidentes com mortes em oito avenidas que tiveram a velocidade readequada em Fortaleza entre 2018 e 2020.

"É um dado muito importante para a cidade, pois demonstra que as ações têm sido efetivas e que nós temos uma forte tendência de ter mais um ano com uma redução ainda mais forte na mortalidade no trânsito de Fortaleza", afirmou.

Oito avenidas que tiveram a velocidade readequada entre 2018 e 2020 tiveram redução de acidentes com mortes. Destas, as avenidas Augustos dos Anjos, Frei Cirilo, Gomes de Matos e Alberto Magno não registraram casos do tipo neste período.


Redução de velocidade máxima

A redução da velocidade máxima em algumas das vias de Fortaleza, que passaram de 60 km/h para 50 ou até 40 km/h é uma forma de contribuir com a redução de acidentes, sem que a velocidade do tráfego torne-se mais devagar, conforme explica Mário Azevedo, professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC).

"Nós temos a impressão de que se eu estiver dirigindo um carro em uma velocidade maior eu vou chegar mais rápido, mas isso pode acontecer talvez na rodovia, mas dentro da cidade não funciona, porque você tem muitas paradas obrigatórias em semáforos", diz Azevedo.

O coordenador da iniciativa Bloomberg no Brasil, Dante Rosado, diz que o conjunto de medidas adotadas para reduzir acidentes está alinhado às práticas internacionais recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Essas medidas que a cidade está adotando já têm comprovação em outras realizadas, elas já se comprovaram eficientes em outros contextos ao se constatar que estamos no sétimo ano seguido com redução de mortos e feridos, mostrando que estamos na direção correta", comentou.


Por G1 CE


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