Neste ano, a estação chuvosa no Ceará mais que dobrou a quantidade de reservatórios sangrando em comparação ao mesmo período no ano anterior, que foi de apenas 12. De acordo com os dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), atualmente 33 açudes encontram-se sangrando e 8 açudes estão com capacidade acima de 90%, o que já garante o ano de 2022 como um dos melhores anos de aporte hídrico da última década.
Os 155 açudes monitorados pela Cogerh acumulam 34,6% de volume, a melhor reserva hídrica desde setembro de 2013. Em junho de 2020, o volume chegou a 34,51%.
Para o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, o mês de março apresentou chuvas acima da média, principalmente da região do Cariri, o que melhorou o nível do Açude Castanhão, o maior açude da América Latina. Nós temos a situação de abastecimento hídrico garantida e com as chuvas até o fim de maio essa situação pode ficar ainda mais confortável, ressalta.
Apesar do índice, alguns
açudes ainda se encontram em situação delicada, algumas regiões do nosso
estado, como o Sertão Central/Banabuiú, não tiveram bons aportes. A Bacia do
Banabuiú se encontra com apenas 8%. A gestão hídrica do Ceará, através do Grupo
de Contingência, segue monitorando e definindo ações para que todas as regiões
fiquem seguras, afirma o secretário.
O Açude Orós, localizado no Alto Jaguaribe, é o que possui o melhor volume dos três maiores do Estado. Nesta segunda-feira (25), seu índice encontra-se em 46,21%, o melhor desde 28 de setembro de 2014.
Já o Castanhão, está com 19,61% de volume, mas ainda não possui garantia para o abastecimento de todos os seus usos. O reservatório atingiu a melhor marca desde 17 de julho de 2015, sendo, inclusive, o que ganhou maior recarga nesta quadra chuvosa, com mais de 600 milhões de m³ aportados.
Já o Banabuiú, terceiro maior açude do Ceará, apresenta cenário mais delicado, com volume percentual de apenas 8,37% da capacidade.
Açudes Sangrando:
Maranguapinho, Itapebussu, Caldeirões, Diamantino II, Jenipapo, Itapajé,
Gameleira, Germinal, Barragem do Batalhão, Junco, Rosário, Itaúna, Batente,
Gangorra, Muquém, Ubaldinho, Cauhipe, Pau Preto, Tijuquinha, Angicos, Valério,
Gavião, Poço Verde, São Vicente, Quandú, Acarape do Meio, Frios, Várzea da
Volta, Mundaú, Tucunduba, Amanary, Sobral e Acaraú Mirim.
Acima de 90%: Aracoiaba, Araras, Ayres de Sousa, Do Coronel, Olho d’Água, Pacajus, São Domingos II e Trapiá III.
Diminuição das secas
As chuvas também foram
benéficas na diminuição de áreas acometidas pela seca. O sistema de monitoramento
nacional registrou que o Ceará evoluiu em grande parte do território para seca
leve e sem registro de seca em um intervalo de apenas um mês.
Por Yanne Vieira - Miséria.com.br
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