Ainda este ano, o Ceará deve se tornar o primeiro estado do país a elaborar o chamado Plano de Seca. O documento trata-se de um plano estratégico operacional e de curto prazo que define ações que mitiguem o impacto das secas na segurança hídrica do estado, em consonância com os processos e espaços de participação social já existentes.
De acordo com a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), o conjunto de ações tanto de gestão, como de infraestrutura, ampliou a garantia de oferta hídrica e tornou o Ceará um estado mais resiliente aos períodos de seca e deve seguir nesta linha com o lançamento do plano.
Segundo o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, o plano vai auxiliar na definição de várias ações que já são tomadas atualmente, como a alocação de água, além de facilitar para que novas ações possam ser tomadas de acordo com a necessidade.
O Plano de Seca terá três pilares fundamentais:
- monitoramento preventivo e a alerta precoce;
- avaliação da vulnerabilidade e do impacto;
- mitigação, planejamento e medidas de respostas.
O planejamento de secas contempla diferentes escalas espaciais e finalidades como concessões de águas urbanas, sistemas de irrigação, de hidrossistemas, para o abastecimento hídrico de populações rurais difusas e para a agricultura de sequeiro.
Para a engenheira e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ticiana Studart, o Plano de Secas já é inovador por ser o primeiro do Brasil. "Será um trabalho que vai ajudar a definir mecanismos e critérios de monitoramento, fiscalização e operação dos sistemas hídricos cearenses".
O plano é desenvolvido pelo Programa Cientista Chefe Recursos Hídricos, da Universidade Federal do Ceará, em parceria com SRH, Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Funcap).
Miséria.com.br - Por Yanne Vieira
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