Com a chegada do fim do ano, os consumidores intensificam a corrida às lojas em busca de produtos para uso pessoal e também para as festividades de natal e ano novo. As facilidades na concessão de crédito e parcelamento oferecidos aos consumidores no período, contudo, podem resultar no endividamento que vai perdurar por muitos meses do ano seguinte.
Para alertar os consumidores no sentido de evitar problemas como o superendividamento principamente neste fim de ano, o g1 conversou com o coach financeiro Ivan Moniz. Uma das principais dicas é fazer o planejamento anual para não perder o controle quando chegar o final do ano e gerar o endividamento.
"Final de ano é a época que as pessoas ganham um pouco mais por que as empresas também faturam mais, além de também receberem o décimo terceiro. Você acaba podendo gastar um pouco mais nas compras de final de ano, mas a mentalidade não pode mudar, o seu planejamento precisa ser anual, já programando que o final de ano você tem gastos um pouco maiores. Pagamentos à vista e com descontos, valem muito a pena. Eu sempre sugiro compras parceladas sem juros, primeiro que você ganha milhas e segundo porque você ganha a possibilidade de trabalhar com o dinheiro dos outros", explica.
Na hora de fazer o pagamento dos presentes, o ideal, segundo o especialista é pagar a vista se houver um bom desconto.
"As compras à vista só são vantajosas se tiverem um desconto muito bom. O que seria um bom desconto? 20%, 30% pra que realmente valha a pena. Se não tiver dinheiro, trabalhar com o dinheiro da própria empresa que está te dando crédito, sempre com planejamento e controle", afirma.
Confira mais dicas
Fatores de endividamento no período de fim de ano
O fator principal é a falta de planejamento. O consumidor quer gastar um pouco mais, mas ele não se organizou. Por isso a mentalidade precisa ser trabalhada, para não sair consumindo sem necessidade, comprar apenas o que for necessário e se for presentear a família, fazer isso dentro do seu orçamento.
Planejamento para os gastos
O empreendedor que tem a mentalidade certa, faz o planejamento anual dele. Um empreendedor de sucesso já está pensando em 2023 agora, em quais serão os próximos passos. Quem cria essa mentalidade empreendedora, tem uma chance muito maior de conseguir bons resultados, por estar olhando a longo prazo.
Uso do 13º salário
A melhor forma é você fazendo um mapeamento das pessoa que você quer presentear. Por exemplo, se são 10 a 15 pessoas, você verifica qual é o seu orçamento e utiliza o décimo terceiro para presentear essas pessoas. Faça uma divisão. Algo muito importante também é não deixar muitas dívidas pra frente, só se você tiver realmente controle. Se você tem esse perfil, utilize seu décimo terceiro para fazer as compras, mas se você é muito gastador não utilize muito o cartão de crédito. O principal é o autocontrole, aí você vai utilizar da melhor forma o seu décimo terceiro.
Uso de investimentos para as compras de fim de ano
O dinheiro dos investimentos é para os investimentos. O dinheiro para gastos supérfluos tem que ser da sua renda mensal. Os investimentos são para médio e longo prazo, não para você ficar gastando, esse com certeza não é o melhor caminho.
Vantagens de quem se planeja
Quem se planeja antes, sempre vai ter as coisas organizadas, sempre vai ter dinheiro sobrando e vai ter a possibilidade de presentar as pessoas com mais tranquilidade por conta da organização com as despesas. E isso no mundo dos negócios, do consumidor, é muito importante.
Consequências da falta de planejamento
As consequências serão grandes se não tiver uma mentalidade certa de como fazer isso. Sair gastando a toa pode levar a dificuldades de conseguir pagar o cartão de crédito, se afundar em dívidas e talvez até ter problemas de saúde por conta disso. As consequências são imensuráveis.
O que fazer em caso de endividamento
Se a situação saiu fora de controle, o melhor caminho é sempre enfrentar os problemas, ligar para cada pessoa você tem débitos e fazer um planejamento e um reparcelamento para ir pagando essas dívidas e evitar qualquer transtorno jurídico.
Por g1 CE
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