Desenvolvido em tempo recorde, o Capacete Elmo salvou milhares de vidas durante as primeiras ondas da pandemia da covid-19. E no último sábado (12), o equipamento recebeu o prêmio nacional da categoria Insuficiência Respiratória, durante a cerimônia de encerramento do Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI), que aconteceu em Brasília.
A pesquisa Elmo Registry foi desenvolvida pela Gerência de Pesquisa em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins (ESP/CE).
O estudo, apresentado pela fisioterapeuta integrante da equipe de desenvolvimento do dispositivo, Betina Tomaz, avaliou, até o momento, fichas médicas de 1.570 pacientes internados entre novembro de 2020 e novembro de 2021, em três unidades de saúde de Fortaleza, sendo duas delas da Rede Sesa: Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv) e Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), além de uma particular. O resultado prévio sinalizou que 66% dos pacientes que utilizaram o dispositivo não precisaram ser intubados.
Na cerimônia, foram reconhecidos os melhores trabalhos de cada categoria. Com o prêmio, além do destaque, a pesquisa ganhou também um valor simbólico, que ajudará na publicação final do artigo. Foi uma grata surpresa, comemorou Betina.
Quem subiu no palco representando a equipe autora do trabalho foi o pediatra e presidente da Sociedade Cearense de Terapia Intensiva (Soceti), Ricardo Sidou.Recebemos com muita alegria e orgulho. Fico emocionado porque esse dispositivo salvou muita gente e essa é a nossa missão, discursou.
Congresso
O Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI) aconteceu em Brasília, de quinta-feira (10) até sábado (12). No total, foram mais de 260 palestrantes nacionais e internacionais, além de 11 atividades simultâneas ao longo dos três dias de evento.
Entre os convidados, estavam profissionais de vários estados brasileiros e de países como Estados Unidos, Itália, Espanha, Bélgica, Inglaterra, Portugal, Alemanha, Canadá e França. A edição foi marcada pela retomada das atividades, após uma pausa de dois anos devido à pandemia.
Por Yanne Vieira Miséria.com.br
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