Empresas que trabalham assessorando clientes a obterem visto para viajar a países como os Estados Unidos estão operando sem prometer um prazo aos clientes após a Polícia Federal suspender a confecção do documento por falta de verba. Empresas procuradas pelo g1 temem prejuízo caso o problema persista pelos próximos dias e semanas.
Conforme a chefe de atendimento da ForVistos, Emilyana Fernandes, o prazo para conclusão dos serviços de seus clientes era de sete dias úteis, antes da suspensão dos passaportes.
"Todos os serviços de solicitação estão normais. O pagamento das taxas e todo o serviço como um todo. Porém, o problema é o recebimento, que era antes de sete dias e agora não há previsão", explica.
Para emitir um passaporte, é preciso pagar uma taxa de R$ 257,25. No caso do documento de emergência, a taxa sobe para R$ 334,42.
Segundo a atendente, até esta terça-feira (22), não prejuízo nas empresas do setor. "Apenas daqui a umas semanas é que vai ser possível ver se a boa procura para emissão continua ou se vai sofrer alteração após anúncio da Polícia Federal."
Suspensão da confecção de passaportes
A Polícia Federal suspendeu a confecção de passaportes no sábado (19), alegando falta de verba. Em nota, a PF informou que "a medida decorreu da insuficiência do orçamento destinado às atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem".
Ainda segundo a PF, quem foi atendido até o dia 18 receberá o documento, mas não havia previsão de quando o serviço de confecção do passaporte seria normalizado.
"O agendamento online do serviço e o atendimento nos postos da PF continuarão funcionando normalmente. No entanto, não há previsão para entrega do passaporte solicitado enquanto não for normalizada a situação orçamentária", informou a PF.
Segundo a Polícia Federal, a emissão do passaporte de emergência está mantida. Ou seja, para situações que necessitem do documento de viagem e não possam comprovadamente esperar o prazo normal de confecção e entrega, como motivos de saúde, trabalho ou catástrofes naturais. Nos casos de emergência não entram os emitidos para viagens a turismo.
A PF informou também que outros serviços da corporação não serão interrompidos.
Por g1 CE
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