Cerca de 25 mil cearenses de cinco cidades estão com o abastecimento de água comprometido após a suspensão de atividades da Operação Carro-Pipa, executada no Estado pelo Exército Brasileiro em parceria com empresas privadas. A estimativa é do Sindicato dos Pipeiros do Estado do Ceará (Sinpece).
Os
municípios afetados no mês de novembro são Aiuaba, Arneiroz, Beberibe, Irauçuba
e Quiterianópolis, no sertão cearense, de acordo com o Portal da Operação
Carro-Pipa. Eles constam em situação “temporariamente suspensa”.
As
mesmas cinco localidades estavam na lista de interrupção desde setembro. Porém,
Arneiroz está sem atendimento desde julho e, Beberibe, desde maio, conforme as
mesmas planilhas. Os municípios são incluídos a partir da demanda das gestões
municipais.
As
atividades do programa compreendem a distribuição de água potável a populações
rurais e urbanas atingidas pela estiagem, com prioridade para os municípios em
situação de emergência ou estado de calamidade pública.
Além
da demora (da última vez, passou dois meses sem ser contemplada) e de carros
danificados, ela considera insuficiente a quantidade fornecida mensalmente. Em
sua residência, onde moram três pessoas, o volume serve apenas para 15 dias.
Sem alternativa, ela precisa comprar.
Já em
Arneiroz, segundo o secretário de Agricultura, Tibério Ribeiro, a Operação não
foi suspensa pelo Governo Federal ou pelo Exército, mas sim porque nenhum
pipeiro do município se cadastrou para fazer o fornecimento.
Eduardo
Aragão, presidente do Sinpece, explica que a inclusão das cidades na lista
depende de renovações, de seis em seis meses, dos decretos municipais reconhecendo
a situação crítica.
RISCO
DE DOENÇAS
Segundo
Eduardo, o maior problema da interrupção é que este é o período mais seco do
ano no Ceará, já que o período da pré-estação chuvosa geralmente só começa em
dezembro, e apenas em algumas localidades específicas.
A
mulher ouvida pela reportagem em Irauçuba confirma que a alta temperatura tem
preocupado pelo aparecimento de desidratação, principalmente em crianças e idosos,
populações mais vulneráveis.
Fonte:
Diário do Nordeste
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