A Justiça determinou nesta terça-feira (29) a suspensão da execução do concurso para o provimento dos cargos do magistério superior da Universidade Regional do Cariri (URCA), em Juazeiro do Norte, a 491 km de Fortaleza. A liminar foi concedida pela 1ª Vara Cível do Crato. A Ação Civil Pública foi ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).
A suspensão ocorre até que a comissão do concurso divulgue, em até 72 horas, na área individual de cada candidato, o link de acesso à sua prova escrita e às atas de correção de cada um dos examinadores da banca.
O g1 entrou em contato com a Urca sobre a decisão da Justiça, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Conforme a decisão, após a divulgação do link de acesso à prova escrita e às atas de correção, a comissão do concurso deverá reabrir o prazo para recurso em relação ao resultado preliminar da prova escrita para todos os candidatos, inclusive para os que já interpuseram recurso em relação a essa mesma fase, mas sem acesso.
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De acordo com o MPCE, em seguida, a referida comissão deverá receber os recursos através de link próprio a ser disponibilizado na página do concurso na internet (cev.urca.br), ou em link disponível na área individual de cada candidato, e não por e-mail.
Ainda segundo a Justiça, a comissão de concurso é obrigada a responder os recursos no prazo que a Comissão Executiva do Vestibular (CEV), da Urca estipular, e com disponibilização aos candidatos de acesso ao termo de recurso e às respostas fundamentadas de cada um dos examinadores.
Após o julgamento dos recursos, de acordo com a Justiça, será divulgado o resultado definitivo das provas escritas e, no mesmo ato, publicar a convocação para o sorteio dos pontos para os candidatos que ainda não se submeteram à prova de didática. As mesmas obrigações deverão ser observadas em relação às outras fases do concurso, bem como divulgados os resultados preliminares da prova de títulos (3ª fase) somente após a divulgação do resultado definitivo da 2ª fase.
'Atropelo das fases do concurso'
O Ministério Público ajuizou a Ação Civil Pública após o recebimento de diversas reclamações relacionadas ao descumprimento pela comissão do concurso do próprio edital do certame, ao atropelo das fases do concurso, à falta de publicidade e transparência dos atos administrativos, e à violação ao direito de petição dos candidatos e às garantias do contraditório e da ampla defesa.
Com a medida, a Urca será obrigada a realizar um “freio de arrumação” na sua condução do concurso público e a disponibilizar aos candidatos o acesso às provas e às correções fundamentadas dos membros das bancas examinadoras.
Por g1 CE
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