Dois policiais, um militar e um penal, estão envolvidos em manifestações antidemocráticas em Fortaleza que defendem intervenção para alterar o resultado da eleição de outubro, que definiu Luís Inácio Lula da Silva como presidente eleito, derrotando Jair Bolsonaro.
Além dos atos no Ceará, autoridades policiais e da Justiça pelo país identificaram uma série de pessoas como organizadoras e participantes de bloqueios ilegais feitos em rodovias federais e em quartéis pelo país.
Os atos foram realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em todo o país desde a derrota no 2º turno da eleição presidencial, no dia 30 de outubro.
As listas foram enviadas por órgãos policiais e Ministério Público para o Supremo Tribunal Federal, em que um processo apura as responsabilidades sobre os bloqueios golpistas.
No Ceará, o policial penal Abrahao Vinicius Batista Possidonio, o sargento do PM Anderson Alves Pontes Garcias foram identificados como membros desses atos. Os relatórios citam ainda duas empresas como patrocinadores das manifestações antidemocráticas.
Multas e punições
Documentou da corporação enviado ao Supremo, obtido pelo g1, diz que foram aplicadas 55 multas contra os organizadores das barreiras em manifestações antidemocráticas em todo o país.
O valor de cada multa é de R$ 17.608,20 para esse tipo de infração de trânsito, considerado gravíssimo – e que gera ao motorista a suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência, a multa tem valor dobrado, de acordo com o texto da lei.
Somadas, as punições contra organizadores de bloqueios bolsonaristas, de 30 de outubro até 6 de novembro, totalizam R$ 968.451,00.
A lista da PRF aponta que os organizadores dos bloqueios foram multados pelo uso de 31 caminhonetes, oito automóveis, sete caminhões, cinco caminhões-trator, três ônibus e um semi-reboque na interdição de estradas.
Por g1 CE
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