O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, PT, disse nesta terça, 27, que não deseja que governo do atual presidente Jair Bolsonaro prorrogue a isenção da cobrança do PIS/Cofins sobre os combustíveis. Os impostos estão suspensos só até 31 de dezembro de 2022. Haddad disse isso por telefone ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
A decisão de Haddad atende a um pedido do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O futuro ministro se reuniu com Lula nesta tarde para apresentar os cenários propostos pela atual gestão. Guedes e Haddad haviam se encontrado para discutir possíveis soluções para a isenção de impostos.
Guedes havia dito a Haddad que o governo atual poderia baixar uma medida provisória mantendo a isenção de impostos federais sobre combustíveis, caso fosse de interesse da futura equipe econômica. Num primeiro momento, Haddad disse que poderia fazer sentido essa MP. Agora, a decisão mudou por causa de uma contraordem de Lula.
Com a retomada da cobrança desses impostos federais, os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha podem voltar a subir a partir da posse de Lula, em 1º de janeiro. Na prática, o petista sobe a rampa do Planalto já cobrando mais impostos do que seu antecessor.
A medida pode aumentar a arrecadação do governo eleito em R$ 50 bilhões por ano, aproximadamente. O dinheiro deve ajudar a reduzir a dívida pública em 2023.
RESULTADO NOS PREÇOS:
- Diesel – R$ 0,33 por litro
- Biodiesel – R$ 0,15 por litro
- Querosene de aviação – R$ 0,01 por litro
- Botijão de gás de 13 kg – não seria afetado
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