A Polícia Civil prendeu, em um mês, 321 suspeitos de crimes de violência contra a mulher no Ceará. As prisões ocorreram durante a "Operação Átria", iniciada em 27 de fevereiro. Segundo a Polícia Civil, foram mais de 2,5 mil denúncias apuradas e 6.765 buscas policiais realizadas.
Durante um mês de operação ocorreram:
- 235 autos de prisão em flagrante;
- 86 mandados judiciais de prisão, totalizando 321 suspeitos presos;
- oito mandados de busca e apreensão;
- apreensão de 16 armas de fogo;
- 1.070 solicitações de medidas protetivas de urgências;
- 2.677 vítimas atendidas;
- 13 vítimas resgatadas.
Entre os crimes mais comuns que envolvem a violência contra a mulher estão o feminicídio, abuso, estupro, assédio e agressão.
Um dos casos de maior repercussão neste período foi o da vereadora Yanny Brena, de 26 anos. Ela foi assassinada pelo namorado, Rickson Pinto, que em seguida tirou a própria vida. O caso ocorreu em 3 de março em Juazeiro do Norte, no interior do estado.
Além do Cerá, a Operação Átria ocorreu no Distrito Federal e nos outros 25 estados. Para o secretário nacional de segurança pública do Ministério da Justiça, Tadeu Alencar, os indicadores da operação deixam evidente que as políticas públicas de segurança do país devem atuar no combate à violência contra a mulher.
No Ceará, mais de 313 policiais civis e militares atuaram de forma conjunta na busca de suspeitos de feminicídio, ameaça, lesão corporal, estupro, importunação, perseguição (stalking), descumprimento de medidas protetivas, entre outros crimes.
Na operação, também foram promovidas ações educativas que visam a prevenção à violência de gênero, como palestras, aulas, rodas de conversas e panfletagens em jogo de futebol foram realizadas pelas polícias levando informações acerca dos tipos de violência doméstica e familiar, orientando as mulheres a buscarem ajuda.
Por Isayane Sampaio, g1 CE
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