O crescimento da inadimplência no Ceará, em comparação anual, superou o aumento observado no Brasil entre os meses de dezembro de 2022, janeiro e fevereiro de 2023. Apesar de uma queda em janeiro (-3,5%), os índices voltaram a subir em fevereiro, atingindo a marca de 3,4%; em dezembro, era de 1,7%. Já a variação mensal no Brasil foi: 0,7% (dezembro), 0,6% (janeiro) e 0,5% (fevereiro).
Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará e SPC Brasil, divulgada na edição de março do Radar do Varejo Cearense.
De acordo com Freitas Cordeiro, presidente da FCDL, o aumento da inadimplência ocorreu por dois fatores. O primeiro se dá em razão da expansão do crédito acima da média nacional ao longo dos últimos anos.
Já o segundo motivo está relacionado ao baixo ritmo de crescimento econômico do Ceará em relação ao resto do país. E o crescimento econômico mais baixo impacta diretamente na situação do consumidor.
“No Ceará, o crescimento nominal do saldo de crédito a Pessoas Físicas em 2022, na comparação com 2021, foi de 18,8%. O crescimento real do saldo de crédito a pessoas físicas em 2022 no Estado foi de 13,2%. Com isso, aumenta-se a base de incidência da inadimplência”, destaca.
A FCDL informou ainda que a pesquisa também mostrou que o volume de crédito nas mãos de pessoas físicas e jurídicas do Ceará aumentou. Trata-se de um crescimento acima da média nacional, conforme pontuado anteriormente pelo presidente da FCDL.
Ou seja, houve uma forte expansão do volume de empréstimos e financiamentos no Ceará, ampliando a base da inadimplência. A FCDL explicou que são justamente as dívidas com o setor bancário que apresentam a maior participação no volume total de dívidas.
Por g1 CE
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