"Golpe do PIX multiplicador". Essa é uma das modalidades que criminosos aplicam para conseguir, facilmente, o dinheiro das pessoas. Aproveitando-se da inocência, os golpistas agem nas redes sociais e aplicativos de mensagens oferecendo transferências via PIX prometendo multiplicar os ganhos de quem entra no esquema.
O g1 teve acesso a uma conversa de um golpista com uma pessoa que por muito pouco não caiu no golpe. O criminoso disse que, se a vítima enviasse um valor via PIX, ela receberia dez vezes mais.
Primeiramente, o golpista enviou uma tabela com valores de transferência e ganho. O valor inicial do que eles chamam de investimento -- que se trata de golpe -- é de R$ 70. Sendo assim, prometem dez vezes mais o valor, afirmando que a vítima receberia, em poucos segundos após a transferência via PIX, o valor de R$ 700.
"Trabalho com transferências via PIX diretamente em sua conta. Em cinco a 10 segundos, todos os valores são retirados de contas congeladas ou bloqueadas em nomes de terceiros. Aceitamos pagamentos via PIX ou depósito em casa lotérica. Pagamento via PIX você receberá em cinco a 10 segundinhos no máximo em sua conta", diz o golpista.
Em seguida, a pessoa pergunta se a transferência é confiável e pede uma garantia. É quando o golpista afirma que trabalha como policial rodoviário federal.
"Eu sou policial, amigo. Você acha mesmo que irei acabar com a minha carreira por causa disso? Eu faço diversas transferências o dia inteiro. Aqui você não será enganado, amigo", diz o criminoso.
"Cara, vai trabalhar. Ficar enganando as pessoas é muito errado, principalmente as pessoas que precisam como eu, que preciso de dinheiro para investir na minha recuperação", responde.
Como não cair no golpe do PIX?
Segundo o especialista em segurança da informação Daniel Monteiro, os golpistas criam um perfil falso nas redes sociais para entrar em contato com as vítimas.
"Uma vez que eles conseguirem conquistar a confiança das pessoas, eles tentam fornecer páginas para você cadastrar seu cartão de crédito ou dados bancários, fazem serviço de atendimento pelo WhatsApp para parecer mais real ainda e com isso eles conseguem os dados das pessoas e aumentam até o volume do golpe. O objetivo é: uma vez que eu tenho os dados pessoais, principalmente os bancários, eu posso aplicar golpes no futuro com o cartão de crédito da pessoa ou até a própria conta bancária dela", explica.
Para que as pessoas não caiam no golpe, Daniel alerta para que elas não acreditem em perfis do Instagram que não sejam institucionais.
"Esse é um grande ponto. O segundo é não fornecer seus dados bancários, nem os bancos pendem seus dados, né? Então, senha, dígito de verificação do cartão de crédito... se eu proteger meus dados pessoais e não acreditar em perfis que não são institucionais, eu já consigo me proteger bem", pontuou.
Por g1 CE
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