A instalação de novas catracas altas em Fortaleza está suspensa, e os equipamentos já implementados vão passar por alterações. A informação foi divulgada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus) nesta quarta-feira (19).
A entidade disse que, em reunião com o Centro de Apoio Operacional da Cidadania do Ministério Público (CAOCIDADANIA), nesta terça-feira (18), concordou com a suspensão da instalação de novos equipamentos de ampliação da altura das catracas dos ônibus do transporte coletivo de Fortaleza. A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) também participou da reunião.
O sindicato informou que, por hora, a quantidade de equipamentos já instalada, presente em 60% da frota, permanecerá e passará por ajustes visando melhor funcionamento e maior comodidade dos passageiros.
O tema foi destaque na Câmara Municipal de Fortaleza. Na sessão ordinária desta quarta-feira, a vereadora Adriana Nossa Cara usou o tempo do Pequeno Expediente para repercutir o diálogo acerca das novas catracas dos transportes públicos da capital.
Dentro dos encaminhamentos que julgou como positivos, a parlamentar destacou:
- A instalação do novo modelo de catraca está suspenso para o restante da frota até que, em diálogo com a sociedade, encontre-se uma nova alternativa que garanta a acessibilidade e segurança dos usuários;
- Readaptação para o equipamento que passa o Bilhete Único, que estava depois da catraca;
- Será feito um teste de um novo modelo com redução da largura do dispositivo de elevação;
- O Sindiônibus se comprometeu em fazer uma encomenda às universidades para encontrar um modelo de catraca que não traga prejuízo aos usuários;
- O Sindiônibus vai melhorar os canais de denúncia do uso do transporte coletivo.
O MPCE disse que, no encontro, além da suspensão da implementação de novas “catracas duplas”, ficou definido que serão realizados estudos para que a medida, adotada para prevenir que pessoas entrem no veículo sem pagar a tarifa, não comprometa a acessibilidade de grupos prioritários ou com mobilidade reduzida. O projeto de instalação estava em fase de testes, e o estudo deve ser realizado em parceria com uma instituição acadêmica e de tecnologia.
O órgão ministerial relatou também que, durante o encontro, foram apresentados registros das dificuldades enfrentadas pela população para conseguir passar pelo dispositivo. As propostas baseadas nas pesquisas serão apresentadas em até 15 dias ao órgão ministerial.
As entidades presentes na reunião também entraram em consenso para que seja promovida uma campanha de divulgação dos canais que a população pode usar para fazer reclamação sobre o uso de catracas nos ônibus. As estratégias para a realização e divulgação da iniciativa devem ser definidas em um prazo de 15 dias.
Por g1 CE
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