Moradora é filmada jogando sacos de lixo em correnteza formada por chuva em rua de Juazeiro do Norte; ato é crime

 

Uma moradora de Juazeiro do Norte, no Ceará, foi filmada jogando sacos de lixo na correnteza formada pela chuva em uma rua do município. Nas imagens, a pessoa que gravou o vídeo está do lado da mulher, que parece não se importar com a filmagem e descarta o material de maneira indevida na água.

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), a prática de descarte irregular de lixo, pode levar à reclusão, detenção ou pagamento de multa. A penalidade varia conforme o tipo de dano causado pelo lançamento no ambiente.

O superintendente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente (Amaju), Eraldo Viana, lamentou o caso. “É com bastante indignação, e de uma forma reprovável, que naturalmente a gente vê essa cena. É exatamente o mau exemplo do que você pode fazer. A cidade já tem problemas de drenagem e, juntamente ao processo de má educação ambiental, gera esse tipo de comportamento pelo qual ninguém deve imitar. Ao contrário, os órgãos devem identificar para tomar as devidas providências”, comentou.

Ele informou, inclusive, que a mulher já foi identificada. O município sofre historicamente com problemas de drenagem da chuva. No último mês de março, a Prefeitura de Juazeiro do Norte foi autorizada a fazer um empréstimo de 80 milhões de dólares para obras de drenagem e infraestrutura no município.

A decisão veio após o Tribunal de Justiça do Ceará suspender a decisão que revogou contrato de empréstimo para as obras.

“A forma incorreta de como se dá a destinação final dos resíduos domésticos pode trazer problemas de diversas naturezas. Um deles é o entupimento das valas e das galerias de cidades que já não possuem drenagem e possuem problemas de infraestrutura, além dos problemas de saneamento básico”, explicou Eraldo.

“Esse resíduo, uma vez jogado de forma não cidadã, pode poluir nossos mananciais e, parado, vai criar um grau de contaminação muito grande, como também trazer problemas para a fauna e flora. As pessoas precisam educar-se, esperar o dia da coleta e fazer uma destinação correta dos resíduos”, complementou o superintendente da Amaju.

Por g1 CE