A dois dias do fim, o mês de maio registrou apenas metade das chuvas esperadas para o período no Ceará. Segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), choveu apenas 45.7 milímetros, enquanto a média histórica do mês é 90.6 milímetros.
Com os números atuais, a média de chuvas para maio está 49,5% abaixo da média. Dos 184 municípios do Ceará, apenas 26 tiveram chuvas dentro ou acima da média em maio, enquanto os outros 158 municípios apresentaram desvio negativo.
Em Fortaleza, os resultados foram semelhantes aos estaduais. Ao todo, a capital cearense registrou 97,6 milímetros, enquanto a média para o mês é de 200,8. Assim, as chuvas ficaram 51,4% abaixo da média.
Fenômeno climático
Segundo boletim da Funceme, emitido na última quinta-feira (25), a redução na quantidade de precipitações no Ceará tem relação com o fenômeno climático da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
A ZCIT é o principal sistema indutor de chuvas na parte norte do Nordeste neste período, e o fenômeno climático, em maio, deslocou-se e afastou-se do território cearense, resultando em chuvas abaixo do normal.
Apesar da média negativa do mês atual, até agora a quadra chuvosa do Ceará, que vai de fevereiro a maio, tem apresentado números positivos. Em fevereiro, choveu 114 milímetros, valor próximo da média histórica para o mês.
Em abril choveu 182 milímetros, resultado também considerado positivo. Já o mês de março foi o mais chuvoso dos últimos 15 anos - ao todo foram contabilizados 300 milímetros de precipitações, resultado 47% acima da média.
Reservas hídricas
Com as chuvas deste ano, o volume de reservas hídricas do estado chegou a 9,49 bilhões de metros cúbicos, o que representa 51,1% da capacidade total de armazenamento do Ceará, um dos melhores níveis dos últimos anos, segundo dados do Portal Hidrológico.
Dos 157 reservatórios monitorados pela Companhia Estadual de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), 45 estão sangrando, isto é, com 100% da capacidade; 36 estão com volume acima de 90%; e 32 estão com volume inferior a 30%, considerado de alerta. Os demais reservatórios estão com níveis intermediários de armazenamento.
Após um longo período de estiagem, o Castanhão, principal açude do Ceará e maior reservatório da América Latina, está com 31,91% da sua capacidade preenchida, o que corresponde a 2,1 bilhões de metros cúbicos.
Por g1 CE
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