Francisco Antônio Chagas Barbosa, o missionário brasileiro que foi morto a tiros e depois teve o carro incendiado em Nairóbi, no Quênia, já havia sido vítima de sequestro e espancamento. De acordo com Nilson Cezar, um dos diretores da Missão Cristã Mundial, organização pela qual o pastor prestava serviços, os ataques aconteceram no Sudão do Sul e no Quênia, onde ele morava desde 2011.
No mais recente, que ocorreu há cerca de três anos em Nairóbi, capital do Quênia, Francisco ficou em cárcere por cerca de seis horas e foi espancado.
"A Polícia foi informada desse segundo. Apanhou muito, mas liberaram ele, que ficou bastante machucado. Inclusive, ele mancava de uma perna por causa disso. Mas, ele seguia firme no chamado, cuidando de viúvas, órfãos, refugiados das guerras dos países próximos. Fazia um trabalho excepcional", disse o diretor ao g1.
Ainda conforme o gestor, esse tipo de ataque não é tão incomum, já que o trabalho de missionários apresenta riscos. "Principalmente em zonas de conflitos. O trabalho da MCM é ir nos confins da terra. Temos essa perspectiva de realmente ir em áreas que são conflituosas", disse ao g1.
Segundo Nilson, ainda não há informações sobre a motivação da morte de Francisco. As investigações continuam.
Entenda
O missionário brasileiro Francisco Antônio Chagas Barbosa foi morto a tiros e depois teve o carro carbonizado em Nairóbi, no Quênia, país da África Oriental. Ele nasceu no município cearense de Varjota, que fica a cerca de 220 quilômetros de Fortaleza. Francisco deixa esposa e uma filha.
De acordo com informações da Missão Cristã Mundial, organização pela qual o pastor prestava serviços, ele desapareceu ainda na quarta-feira (7). Ele saiu para ir ao supermercado, mas não retornou.
“Seu carro foi visto por volta das 21h, sendo dirigido em alta velocidade, aparentemente, por um grupo de jovens quenianos. Infelizmente, ele já passou por uma situação semelhante em outra ocasião.”, disse a igreja.
Na manhã deste sábado (10), a Missão Cristã Mundial confirmou ao g1 Ceará que ele foi encontrado sem vida.
Por Gabriela Feitosa, g1 CE
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