quinta-feira, 6 de julho de 2023

Casos de dengue aumentam 53% no Brasil e Ministério da Saúde optou por esperar até 2025 para começar a distribuir a vacina

 


O Ceará registrou queda de 73% nos casos de arboviroses nos primeiros seis meses deste ano. O boletim epidemiológico mais recente da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) indica queda de 44% nos registros de dengue e de 93% nos de chikungunya, em relação ao mesmo período de 2023.

A redução ocorre em direção oposta ao cenário nacional, que registra quadro epidêmico em estados do Sudeste e do Centro-Oeste.

Os casos de dengue, no Brasil, aumentaram mais de 53%, enquanto os de chikungunya saltaram 98%, no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022.

O crescimento alarmante levou o Ministério da Saúde a expedir alerta de prevenção para autoridades municipais e estaduais. 

A nova vacina contra a dengue começa a ser aplicada este mês na rede privada. Fabricada por um laboratório japonês, o imunizante Qdenga é o segundo a receber o registro no país.

A dose pode ser aplicada em pessoas que nunca foram infectadas pelo vírus.

 O Ministério da Saúde deve esperar pelo menos até o final de 2024 para começar a distribuir uma vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan que ainda está em estudos, em detrimento de uma versão importada que já tem a eficácia comprovada em mais de 80% e foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março. A informação foi revelada pelo jornal O Globo nesta terça (4) e confirmada pela pasta. 

Segundo a apuração, o ministério está acompanhando a pesquisa da vacina nacional, mas ignorando a desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda que já pode ser encontrada na rede privada por R$ 400 a R$ 500 a dose. A versão importada tem uma eficácia geral de 80,2% contra qualquer tipo de sorotipo da dengue e pode ser aplicada em crianças acima de 4 anos, adolescentes e adultos até os 60 anos de idade. 

Já a versão nacional está em estudos desde 2009 e só deve ter a pesquisa enviada para análise da Anvisa no final do ano que vem – o que levaria a aprovação e distribuição para 2025.

Nenhum comentário:

Postar um comentário