Mais de 60 mil pessoas se reuniram na manhã de 20 de julho de 1934 para se despedir de Cícero Romão Batista, o padre Cícero, em Juazeiro do Norte, após sua morte, aos 90 anos. Quando a estátua do padre foi inaugurada na Colina do Horto, em 1969, estima-se que 200 mil pessoas compareceram. Atualmente, Juazeiro recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano. No entanto, quem andar pelas igrejas da cidade, não vai encontrar nenhuma imagem do santo popular nos templos da cidade.
No dia 13 de dezembro de 2015, durante a cerimônia de abertura da Porta Santa na Catedral de Nossa Senhora da Penha, no município do Crato, fiéis puderam ver, pela primeira vez, uma imagem de padre Cícero, um quadro pintado a óleo, sendo carregada dentro de uma igreja da região do Cariri.
A ocasião, no entanto, foi única. Ela marcou a reconciliação da Igreja Católica com o padre após mais de um século de rompimento. Desde então, o "Padim" tem recebido – agora oficialmente – cada vez mais mesuras por parte da Santa Sé. Apesar da mudança de postura, desde 2015 não se vê mais a imagem do padre nos templos da região. Entenda o porquê:
Atualmente, padre Cícero possui o título de Servo de Deus, portanto, o pedido foi analisado e foi concluído que suas virtudes foram o bastante para dar início ao processo de canonização. Porém, padre Cícero não é beato nem santo. Portanto, sua imagem não pode estar nas igrejas.
De modo geral, a canonização é um processo demorado, que pode levar décadas. A expectativa, no entanto, é que o processo do padre seja mais rápido - e que, em breve, ele seja reconhecido, pelo menos, como beato. Fátima Pinho acredita que há uma boa vontade da igreja para que o processo de Cícero não demore tanto.
Por Leonardo Igor, g1 CE
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