O advogado, o bancário e o amigo deles acompanhavam a cantoria de outro amigo antes de serem mortos a facadas por um homem durante uma confraternização no distrito de Rafael Arruda, em Sobral, no interior do Ceará, na noite desta segunda-feira (24).
Imagens feitas por uma testemunha antes do crime mostram o advogado Nonato Arruda sentado em uma cadeira ao lado do irmão Anastácio Arruda, que estava em uma rede. Ambos estavam ouvindo Arnaldo Ribeiro Santana cantar. (veja o vídeo acima)
Momentos após a gravação, os irmãos e um amigo deles foram atacados por um homem que estava no local. O homem que aparece cantando e outras duas pessoas conseguiram correr e sobreviveram.
As vítimas foram identificadas como:
- Raimundo Nonato Arruda, advogado proprietário da casa onde o crime aconteceu;
- Anastácio Amorim Arruda, bancário aposentado e irmão de Raimundo;
- Manoel Procópio, amigo dos irmãos.
Ataques a faca
O cantor Arnaldo Ribeiro Santana, que canta no vídeo, relatou em entrevista a O Sobralense que ele, as vítimas e outra duas pessoas estavam reunidos no alpendre da casa se confraternizando quando ao suspeito chegou ao local em uma bicicleta.
"Esse rapaz que acabou assassinando as três pessoas, estava sentado por volta de 25 minutos, ao menos, e ali ficou tranquilo, sem reação, nem nada. Do nada ele começou a desferir golpes de faca no doutor Nonato Arruda e nessa hora eu consegui correr. Eu, minha namorada e o outro rapaz, o Miguel. [...] Ele não esboçou palavra, não falou nada. Foi uma violência descomunal, ele desferindo golpes no rapaz", disse o sobrevivente.
Conforme Arnaldo, o advogado foi o primeiro a ser atacado. Anastácio e Manoel tentaram ajudar Nonato, mas também foram atingidos pelo suspeito.
"Quando ele começou a golpear o senhor Nonato eu já me evadi pedindo socorro, saí gritando. Ele foi com uma velocidade muito grande, foi muito rápido. Quando eu voltei ele já estava se evadindo", falou o homem.
"Essa arma estava na posse dele e ele estava com uma mochila. Ele deixou a mochila cair na fuga e dentro tinha uma bomba de pneu de bicicleta, uma garrafa com cachaça e outra com um líquido que parecia ser gasolina", disse o cantor.
Ainda segundo o sobrevivente, o suspeito do crime morava no distrito e era conhecido de alguns moradores.
"Eu mesmo nunca tinha visto ele, mas outras pessoas comentaram que ele morava há um certo tempo aqui. Pelo que as pessoas comentaram ele é antissocial, não se relaciona com ninguém, muito fechado, muito carrancudo", relatou o sobrevivente.
As vítimas foram socorridas por populares para o Hospital Municipal Carlos Jereissati (HMCJ), em Mucambo, mas não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade.
Por g1 CE
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