quinta-feira, 17 de agosto de 2023

ONS vê falha em rede da Eletrobras, mas não encontra causas técnicas do apagão; ministro defende investigação da PF



O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, afirmou na noite desta quarta-feira (16) que "mais do que nunca" a Polícia Federal deve apurar as razões que levaram ao apagão da terça (15). Ele disse que o Operador Nacional do Sistema (ONS) ainda não encontrou as causas técnicas.

O apagão atingiu praticamente todos os estados brasileiros e cerca de 29 milhões de unidades consumidoras, como residências, comércios, escolas e hospitais.


Este texto também aborda:

  • Possibilidade de falha humana
  • Os desafios na investigação do caso
  • Dinâmica da falha na rede da Eletrobras
  • O posicionamento da Eletrobras


Silveira esteve reunido ao longo do dia com representantes do ONS e demais autoridades do setor elétrico. Ele informou que foi detectada uma falha no sistema da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), uma subsidiária da Eletrobras, no Ceará, na linha de transmissão Quixadá/Fortaleza. Mas afirmou que esse evento, sozinho, não seria capaz de causar o apagão nas proporções verificadas.

"Esse evento isoladamente não causaria interrupção tão grave", disse o ministro à imprensa na porta do ministério.

"Mais do que nunca eu acho que é extremamente necessária a participação muito ativa da Polícia Federal nesse caso, já que a ONS não teve como apontar uma falha técnica que pudesse causar um evento com uma dimensão que teve a paralisação da energia no país. O Doutor Andrei [Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal] esteve comigo agora", continuou Silveira.

O ministro disse que a Chesf admitiu um erro no sistema de proteção. Mas ainda não se sabe o que levou ao desligamento da linha da subsidiária da Eletrobras, segundo o ONS.

"A Chesf fez contato com a ONS, admitindo o erro no sistema que não protegeu a rede adequadamente nessa linha de transmissão", declarou.


Por Ana Paula Castro, TV Globo — Brasília


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