terça-feira, 28 de novembro de 2023

Mentor do furto ao Banco Central será mantido em presídio federal, decide Justiça cearense


Antônio Jussivan Alves dos Santos, mentor do furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, continuará no Presídio Federal Catanduvas, no Paraná. O criminoso, conhecido como “Alemão”, está na penitenciária desde 2017, por liderar o maior assalto da história do Brasil. A 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Fortaleza renovou o período de permanência do detento na penitenciária, nesta segunda (27).

A Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP-CE) formulou o pedido de prorrogação no dia 5 de novembro, argumentando que “os motivos que determinaram o recolhimento em unidade prisional federal de segurança máxima não cessaram. E que, embora o Ceará tenha lugar para acolher presos que representam forte risco à segurança pública, o grau de periculosidade do detento faz com que ele precise permanecer em outra região”.

O juiz Raynes Viana de Vasconcelos, titular da 1ª Vara de Execução Penal, informou que a permanência é necessária “devido à influência de Jussivan dentro e fora das unidades prisionais do Ceará”. E que no presídio onde ele está, “há muito rigor na segurança, com gravação das conversas entre os presos e as visitas, impedindo o planejamento de novos crimes e, até mesmo, de nova tentativa de fuga”.

A defesa de Alemão afirmou que a transferência para o presídio federal de segurança máxima se baseou em “um falso plano de fuga e que a SAP não possuía quaisquer indícios de violação prisional nem elementos que indicassem a influência do homem em ato de indisciplina de outro preso”.

RELEMBRE

Uma quadrilha formada por dezenas de criminosos roubou cerca de R$ 165 milhões do Banco Central em Fortaleza, no dia 8 de agosto de 2005. Esse é considerado o maior assalto da história do país.

Os criminosos chegaram até a sala da caixa-forte por um túnel de 80 metros de extensão que começava em uma casa alugada pela quadrilha. No local, funcionava uma empresa de fachada.

Dos R$ 164,7 milhões furtados, cerca de R$ 40 milhões foram recuperados. Pelo menos 134 pessoas foram indiciadas pelo crime, das quais mais de 90 foram condenadas.

 

Jornal Jangadeiro

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