Antônio Jussivan Alves dos Santos, mentor do furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, continuará no Presídio Federal Catanduvas, no Paraná. O criminoso, conhecido como “Alemão”, está na penitenciária desde 2017, por liderar o maior assalto da história do Brasil. A 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Fortaleza renovou o período de permanência do detento na penitenciária, nesta segunda (27).
A Secretaria da Administração
Penitenciária do Ceará (SAP-CE) formulou o pedido de prorrogação no dia 5 de
novembro, argumentando que “os motivos que determinaram o recolhimento em
unidade prisional federal de segurança máxima não cessaram. E que, embora o
Ceará tenha lugar para acolher presos que representam forte risco à segurança
pública, o grau de periculosidade do detento faz com que ele precise permanecer
em outra região”.
O juiz Raynes Viana de
Vasconcelos, titular da 1ª Vara de Execução Penal, informou que a permanência é
necessária “devido à influência de Jussivan dentro e fora das unidades
prisionais do Ceará”. E que no presídio onde ele está, “há muito rigor na
segurança, com gravação das conversas entre os presos e as visitas, impedindo o
planejamento de novos crimes e, até mesmo, de nova tentativa de fuga”.
A defesa de Alemão afirmou que
a transferência para o presídio federal de segurança máxima se baseou em “um
falso plano de fuga e que a SAP não possuía quaisquer indícios de violação
prisional nem elementos que indicassem a influência do homem em ato de
indisciplina de outro preso”.
RELEMBRE
Uma quadrilha formada por
dezenas de criminosos roubou cerca de R$ 165 milhões do Banco Central em
Fortaleza, no dia 8 de agosto de 2005. Esse é considerado o maior assalto da
história do país.
Os criminosos chegaram até a
sala da caixa-forte por um túnel de 80 metros de extensão que começava em uma
casa alugada pela quadrilha. No local, funcionava uma empresa de fachada.
Dos R$ 164,7 milhões furtados,
cerca de R$ 40 milhões foram recuperados. Pelo menos 134 pessoas foram
indiciadas pelo crime, das quais mais de 90 foram condenadas.
Jornal Jangadeiro
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