Dar à luz a uma criança já é emocionante por si só: o corpo muda, há sensações inéditas e descobertas. Para Amanda Sarah, de 22 anos, o parto ganhou outro significado em um hospital do município de São Gonçalo do Amarante, interior do Ceará.
A jovem surda teve a cesárea acompanhada por uma intérprete de libras, que conseguiu fazer a comunicação acontecer de forma mais fácil durante o procedimento. Assim, Noah Enzo veio ao mundo.
'Humanização' é a palavra escolhida por Dayane Dias, que trabalha com a Língua Brasileira de Sinais há 15 anos e atua na Secretaria de Saúde da cidade, para resumir o momento. Ela acompanhou a gestação de Amanda desde o começo, e foi aos poucos explicando para a mãe como uma cirurgia cesariana é feita. A jovem tem outros dois filhos, mas que nasceram de parto natural.
"A gente notou a necessidade (de ter a interpretação). É a humanização mesmo. Como o médico vai entender? Como a enfermeira vai entender? Até para nós, quando sentimos essas dores, é difícil expressar. Foi um trabalho feito bem antes, todo um estudo", explicou Dayane ao g1.
Durante o parto, Dayane foi a responsável por explicar detalhes da cirurgia para a mãe e também passar o que Amanda estava sentindo à equipe médica, como possível ânsia de vômito, monitoramento da pressão arterial, entre outros detalhes.
Por Gabriela Feitosa, g1 CE
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