O torcedor do Ceará não tem um dia de tranquilidade. Horas
depois de conquistar uma excelente vitória no Clássico-Rei contra o Fortaleza,
veio a público o caso de Transfer Ban da Fifa, que impede o clube de contratar
atletas. O episódio deixa ainda mais claro que a credibilidade do clube está
totalmente abalada e a diretoria alvinegra tem a necessidade de apresentar mais
transparência ao seu torcedor.
A ação foi movida pelo Yokohama FC, do Japão, referente ao
atraso no pagamento da equipe cearense da compra do atacante Saulo Mineiro, em
julho de 2023. Na época, o clube informou a compra de 80% dos direitos
econômicos do atleta por 600 mil dólares (cerca de R$ 3 milhões), em contrato
firmado até o final de 2026.
É mais um caso de inadimplência, e que se soma aos casos de
Barletta, do também atacante Zé Roberto, do lateral-esquerdo Willian Formiga,
do Floresta que alegou não ter recebido os repasses da venda de Marcos Victor,
só para citar os mais recentes.
Depois que os casos são expostos publicamente, o Ceará até
tem se movimentado para resolvê-los. Mas não antes de gerar desgaste para a
imagem do clube.
O Ceará se notabilizou nos últimos anos por uma gestão
equilibrada financeiramente, que pagava tudo em dia, honrando os compromissos
firmados. Um clube que, mesmo quando não tinha resultados esportivos,
apresentava boa saúde financeira.
Isso, hoje, não existe mais.
E é preciso encarar a realidade. Não dá pra jogar para
debaixo do tapete. A diretoria precisa jogar limpo com o torcedor e falar
abertamente sobre os problemas que afetam o clube e devem ser resolvidos. O
torcedor alvinegro clama por transparência, algo que não existe no momento,
pois os problemas só são abordados pelo clube depois de noticiados pela imprensa.
O Ceará precisa se comunicar bem com o torcedor e convocá-lo
para chegar junto neste momento delicado financeiramente. Só assim - e com a
bola entrando - poderá amenizar esta crise para vislumbrar luz no fim do túnel.
Escrito por André Almeida.
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