segunda-feira, 18 de março de 2024

Triplex desaba e deixa família desabrigada em Fortaleza: 'Perdemos tudo'

 

Um prédio de três andares desabou, na manhã deste domingo (17), no Bairro Novo Mondubim, em Fortaleza. Dois andares do imóvel estavam desocupados. No entanto, uma família de três pessoas morava no terceiro andar. Não há registro de pessoas feridas. Um vídeo feito logo após o desabamento mostra a família ainda no local, pedindo ajuda aos vizinhos

“A gente estava dormindo, eu, meu esposo e meu filho, e a gente escutou um estrondo. Aí a gente levantou e eu disse para o meu marido: 'o prédio caiu'”, disse Adália Braga, costureira, moradora do prédio.

Ela disse que a família tentou sair do local, mas a escada também desabou. A costureira falou que considerou, inclusive, pular do apartamento ao chão, mesmo considerando o risco de se machucar.

“Aí meu marido ficou pedindo socorro, a população correu e ajudou. Pegaram escadas, e a gente desceu”, lembrou a costureira.

Ela disse que teve de deixar todos os pertences na casa. “Perdemos tudo. Está tudo lá dentro”, lamentou a moradora. A proprietária do imóvel esteve no local, mas não aceitou ser entrevistada. Ela garantiu que vai prestar assistência à família de moradores.

Adália disse que nunca notou nem uma rachadura que pudesse indicar que o prédio corria risco. “No nosso apartamento mesmo, não aconteceu nada. Só a parte da frente, para descer, na parte do corredor”, comentou.

Antonio Gustavo, 60 anos, foi um dos vizinhos que ajudou a família a descer com escadas. “Eu escutei um barulho muito forte e me levantei. Durante a semana, eu já tinha escutado as lajes estralando”, comentou o vizinho.

A Defesa Civil interditou, pelo menos, 20 imóveis do entorno onde aconteceu o desabamento, nas ruas 6 e 7 do Novo Mondubim, entre pontos comerciais e residenciais. O desabamento, inclusive, danificou dois imóveis vizinhos — uma casa e um ponto comercial — que foram atingidos pelos destroços.

“O imóvel que colapsou estava em situação bem mais precária, tanto é que a chuva e o vento intensificaram as patologias que culminaram no colapso”, explicou Saulo Aquino, técnico da Defesa Civil de Fortaleza.

Ele informou que os outros imóveis interditados na região não estão em situação tão grave quanto estava o prédio que desabou, mas foi necessário fazer o trabalho preventivo contra possíveis novos desabamentos. O representante da Defesa Civil não soube informar se o imóvel já possuía histórico de algum tipo de ocorrência.

“Uma estrutura com essa, com três pavimentos, não entra em colapso sozinha, ou só com chuva e vento. Possivelmente, haviam manifestações patológicas muito severas que o morador ou o proprietário não se preocuparam em reportar o problema para a Defesa Civil, e o problema deve ter se agravado ao longo dos anos”, avaliou Aquino

 

Por g1 CE

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