Subiu para 161 o número de mortos pelas chuvas no Rio Grande
do Sul, de acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil estadual,
nesta terça-feira (21). Ao todo, há ainda 85 pessoas desaparecidas. As
autoridades estimam que a catástrofe tenha afetado a vida de 2,3 milhões de
moradores de 464 municípios, 93,36% do
total.
Ainda de acordo com o boletim, ao menos 654,19 mil gaúchos
ainda estão fora das residências, sendo 581.633 desalojados - aqueles que
tiveram de sair de seus lares e estão acolhidos em casas de familiares, amigos
ou conhecidos - e outras 72.561 pessoas estão morando temporariamente em um dos
839 abrigos cadastrados pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Rio Grande
do Sul.
Mais da metade da população desabrigada é da região
metropolitana de Porto Alegre (54,09%). A segunda maior região do estado com
desabrigados é o Vale dos Sinos (26,98%). O boletim da Defesa Civil contabiliza
ainda o resgate de 12.358 animais silvestres e domésticos com vida, a maioria
cães e gatos.
Lula diz que desastre no RS 'mudou paradigma'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta
terça-feira (21) que o desastre climático no Rio Grande do Sul "mudou o
paradigma", e que, a partir de agora, o governo é obrigado a fazer
"igual ou melhor" em caso de ocorrências similares no futuro.
"[O caso do RS] mudou paradigma do tratamento dos
desastres climáticos neste país. O que nós fizemos no Rio Grande do Sul não é
só para o Rio Grande do Sul, qualquer crise climática que tiver em algum estado
nós estamos obrigados a fazer igual ou melhor do que fizemos no Grande do
Sul", disse o Presidente.
Lula reafirmou o compromisso do Governo Federal no apoio à
reconstrução do Rio Grande do Sul. Nas últimas semanas, o Governo anunciou uma
série de medidas, entre as quais:
a liberação de quase R$ 52 bilhões em medidas de crédito;
a suspensão por três anos do pagamento da dívida do estado
com a União, com perdão dos juros;
o repasse de R$ 5,1 mil as famílias que perderam bens;
compra de residências para famílias que perderam casas;
liberação de R$ 12 bilhões em crédito para ações
emergenciais.
Por Cícero Dantas
Miséria.com.br
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