A criança de oito anos ferida na cabeça após ser baleada
durante um tiroteio no Bairro Barroso, em Fortaleza, está na UTI pediátrica,
segundo divulgou nesta terça-feira (25) a direção do Hospital Instituto Doutor
José Frota (IJF). Além dela, quatro das oito crianças e adolescentes também
seguem hospitalizadas, e três receberam alta.
Ainda segundo o hospital, dois adolescentes, de 15 e 16
anos, se recuperam de cirurgias de emergência. Uma menina de 11 anos
encontra-se na enfermaria pediátrica, e um garoto de 10 anos permanece em
observação na emergência.
O crime ocorreu na sexta-feira (21), quando criminosos
chegaram a um campo de futebol na periferia de Fortaleza e dispararam dezenas
de tiros. Uma mulher e uma criança morreram, e outras oito crianças e
adolescentes foram baleados. O objetivo dos criminosos, conforme a polícia, era
matar um rival que havia deixado o local momentos antes. Cinco pessoas foram
presas por participação no crime.
Além do ataque a tiros no Barroso, ocorreram outros três
ataques a tiros no Ceará entre quinta e sábado, resultando na morte de 14
pessoas. "O que as investigações apontam são disputas, essa disputa por
território, disputa entre grupos criminosos. Eles utilizam desse emprego da
violência para intimidar a população, intimidar os outros grupos", afirmou
o chefe da Polícia Civil do Ceará, Márcio Gutiérrez.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, anunciou que o
estado terá reforço financeiro para ações de enfrentamento ao crime organizado,
convocando 2,7 mil policiais.
"A primeira medida, que estou anunciando hoje, é que
nós estamos agora assinando o ato de convocação de mais 426 policiais
militares, que estão sendo convocados. Essa lista estará hoje no Diário
Oficial, e amanhã [terça-feira] na página da Secretaria da Segurança
Pública".
O chamamento envolve policiais militares, civis e peritos da
Perícia Forense do Ceará (Pefoce), segundo o governador. Parte deles foi
aprovado em concursos públicos já concluídos. O governador acrescentou que
exigiu a conclusão de outros concursos públicos, que aguardam apenas exames
para serem finalizados, para que mais agentes possam ser convocados.
Por g1 CE.
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