O passe-livre estudantil de Fortaleza vai seguir funcionando
em julho. A decisão foi comunicada, nesta quarta-feira (26), pelo prefeito José
Sarto. A decisão atende principalmente alunos de instituições que estavam em
greve.
A passagem gratuita no transporte público funciona em dias
letivos (ou seja, dias úteis), de segunda a sexta, mas, a princípio, seria
suspensa durante os meses de férias escolares, como julho. No entanto, alunos
de instituições que fizeram greve devem continuar tendo aulas durante o próximo
mês.
“Quero tranquilizar os alunos de universidades públicas que
estavam em greve e agora estão retornando às aulas. O passe-livre estudantil
está garantido para vocês neste período que deveria ser de férias. Nosso
compromisso com os estudantes não mudou! Tem aula, tem passe-livre”, publicou o
prefeito de Fortaleza.
Os professores das universidades federais do Ceará votaram,
na manhã desta sexta-feira (21), pelo fim da greve iniciada há dois meses. Em
assembleia geral, os docentes decidiram que a saída da greve está vinculada à
assinatura de um acordo com o governo federal, o que deve acontecer no mês de
julho. Servidores e técnicos do IFCE também decidiram pelo fim da greve.
A decisão pode resultar no retorno às aulas na Universidade
Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (UFCA) e Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
Durante a assembleia, realizada em Fortaleza, foram 107
votos a favor e 58 contra o encerramento da greve.
Segundo a ADUFC, a decisão será encaminhada ao Comando
Nacional de Greve do ANDES-Sindicato Nacional, que representa a categoria nas
negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Ainda conforme o sindicato, os professores reconheceram que
as propostas do governo federal foram limitadas, mas que trouxeram algumas
conquistas para o movimento. Um exemplo é o reconhecimento do setor da educação
como categoria relevante a ser ouvida pelos governos.
Em greve desde o dia 15 de abril, os docentes tinham
reivindicações da campanha salarial de 2024 com base nas perdas salariais desde
2010. Conforme a ADUFC, a Mesa Nacional de Negociação Permanente só foi
iniciada depois do início da greve.
Confira alguns pontos da proposta do governo federal:
Reajuste salarial de 12,5%, sendo: 9% pago em janeiro de
2025 e 3,5% em abril de 2026;
Alteração da redação da IN n. 66/2022 para assegurar
retroatividade de efeitos funcionais e financeiros, desde que o pedido seja
feito em até 6 meses;
Criação de três grupos de trabalho para discutir:
reenquadramento de aposentados; reposicionamento dos professores que já estão
na carreira e fizeram novos concursos e que perdem a progressão anterior e
revogação da IN n. 15/2022, que trata de adicionais ocupacionais, como
insalubridade.
Na tarde desta terça-feira (19), os professores e técnicos
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) também
aceitaram a proposta do governo para as categorias de docentes e técnicos
administrativos. A decisão é que a greve vai continuar até a assinatura do
acordo.
Conforme informações do SINDSIFCE, que representa as
categorias, a decisão será repassada ao Comando Nacional de Greve, que realiza
plenária nacional até o sábado (22).
O sindicato ressalta que, somente após assinatura do termo
de acordo com todos os itens pactuados, haverá uma assembleia específica para
encerrar a greve. Com esta etapa, a Reitoria da IFCE deverá ser informada da
decisão final do movimento.
Por g1 CE.
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