quinta-feira, 27 de junho de 2024

Passe-livre estudantil de Fortaleza vai funcionar em julho, após fim de greve nas universidades

 

O passe-livre estudantil de Fortaleza vai seguir funcionando em julho. A decisão foi comunicada, nesta quarta-feira (26), pelo prefeito José Sarto. A decisão atende principalmente alunos de instituições que estavam em greve.

A passagem gratuita no transporte público funciona em dias letivos (ou seja, dias úteis), de segunda a sexta, mas, a princípio, seria suspensa durante os meses de férias escolares, como julho. No entanto, alunos de instituições que fizeram greve devem continuar tendo aulas durante o próximo mês.

“Quero tranquilizar os alunos de universidades públicas que estavam em greve e agora estão retornando às aulas. O passe-livre estudantil está garantido para vocês neste período que deveria ser de férias. Nosso compromisso com os estudantes não mudou! Tem aula, tem passe-livre”, publicou o prefeito de Fortaleza.

Os professores das universidades federais do Ceará votaram, na manhã desta sexta-feira (21), pelo fim da greve iniciada há dois meses. Em assembleia geral, os docentes decidiram que a saída da greve está vinculada à assinatura de um acordo com o governo federal, o que deve acontecer no mês de julho. Servidores e técnicos do IFCE também decidiram pelo fim da greve.

A decisão pode resultar no retorno às aulas na Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (UFCA) e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Durante a assembleia, realizada em Fortaleza, foram 107 votos a favor e 58 contra o encerramento da greve.

Segundo a ADUFC, a decisão será encaminhada ao Comando Nacional de Greve do ANDES-Sindicato Nacional, que representa a categoria nas negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Ainda conforme o sindicato, os professores reconheceram que as propostas do governo federal foram limitadas, mas que trouxeram algumas conquistas para o movimento. Um exemplo é o reconhecimento do setor da educação como categoria relevante a ser ouvida pelos governos.

Em greve desde o dia 15 de abril, os docentes tinham reivindicações da campanha salarial de 2024 com base nas perdas salariais desde 2010. Conforme a ADUFC, a Mesa Nacional de Negociação Permanente só foi iniciada depois do início da greve.

Confira alguns pontos da proposta do governo federal:

Reajuste salarial de 12,5%, sendo: 9% pago em janeiro de 2025 e 3,5% em abril de 2026;

Alteração da redação da IN n. 66/2022 para assegurar retroatividade de efeitos funcionais e financeiros, desde que o pedido seja feito em até 6 meses;

Criação de três grupos de trabalho para discutir: reenquadramento de aposentados; reposicionamento dos professores que já estão na carreira e fizeram novos concursos e que perdem a progressão anterior e revogação da IN n. 15/2022, que trata de adicionais ocupacionais, como insalubridade.

Na tarde desta terça-feira (19), os professores e técnicos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) também aceitaram a proposta do governo para as categorias de docentes e técnicos administrativos. A decisão é que a greve vai continuar até a assinatura do acordo.

 

Conforme informações do SINDSIFCE, que representa as categorias, a decisão será repassada ao Comando Nacional de Greve, que realiza plenária nacional até o sábado (22).

O sindicato ressalta que, somente após assinatura do termo de acordo com todos os itens pactuados, haverá uma assembleia específica para encerrar a greve. Com esta etapa, a Reitoria da IFCE deverá ser informada da decisão final do movimento.

 

Por g1 CE.


Nenhum comentário:

Postar um comentário