Três universidades e 33 campi federais no Ceará mantêm a
greve até este sábado (1º), desde 15 de abril. Em todo o Brasil, 54
instituições de ensino mantêm a greve, como ocorre na Universidade Federal do
Ceará (UFC), Universidade Federal de Cariri (UFCA) e na Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
Professores e servidores das instituições reivindicam
reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação
de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior (Andres), há uma defasagem de 22,71% no salário dos
professores, acumulada desde 2016. A entidade pede uma reposição salarial que
considere essa diferença.
Os níveis de paralisação variam — em algumas instituições,
professores e técnicos-administrativos aderiram à greve. Em outros casos,
apenas os professores ou técnicos estão paralisados. No caso dos institutos
federais, a greve atinge pelo menos 400 campi espalhados pelo país.
Acordo com Proifes e negativa de sindicatos
O acordo firmado entre o governo e o Proifes prevê a
reestruturação da carreira docente, um reajuste de salário de 9% em janeiro de
2025 e 3,5% em maio de 2026. Além disso, o acordo também detalha o que a
entidade define como “reestruturação na progressão entre os diferentes níveis
da carreira”, que garantiria uma elevação de salário para profissionais em
início de carreira.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior (Andres), no entanto, essa valorização aconteceria “às
custas de mais uma desestruturação”, pois haveria uma redução no número de
graus que a carreira possui atualmente, passando de 13 para 10.
Por g1 CE
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