O crime aconteceu em maio de 2022, na CE-060. Durante as
investigações, a polícia descobriu que Luís Carlos Lira Maciel, de 51 anos, foi
atraído ao local pela própria enteada, que estava acompanhada da mãe quando
inventou uma pane no carro. Ao chegar na rodovia, a vítima foi morta por outro
homem.
Kilvya Mara Barbosa Fernandes e a mãe dela foram presas na
cidade de Horizonte, uma semana depois do assassinato. Dias depois a polícia
também conseguiu capturar Francisco Claudenir da Silva Gomes, contratado por R$
7 mil para matar Luís Carlos.
Para a polícia, o crime foi planejado após o homem descobrir
o envolvimento da enteada e da companheira em crimes de estelionato, inclusive
contra ele. Em uma das ações, Kilvya realizou o financimento de veículos no
nome do homem e ainda pegou um empréstimo com ele sem a intenção de pagá-lo.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará, Kilvya Mara
foi condenada por homicídio qualificado após julgamento realizado pelo Conselho
de Sentença da 1ª Vara da Comarca de Quixeramobim. A enfermeira teve a
pena-base fixada em 20 anos e seis meses de reclusão.
No entanto, a pena foi reduzida pela metade devido ao
reconhecimento pelo júri das causas de diminuição de pena de homicídio
privilegiado, em virtude de ter agido movida por motivo de relevante valor
social ou moral, e da delação premiada, por ter colaborado voluntariamente com
a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais
coautores. Assim, a ré foi sentenciada a 10 anos e três meses de reclusão, com
início da pena em regime fechado.
Francisco Claudenir, contratado para matar o padrasto da
enfermeira, foi condenado a 25 anos, seis meses e sete dias de reclusão, também
com início da pena em regime fechado.
Já a mãe de Kilvya, que era companheira da vítima, foi
absolvida pelo Conselho de Sentença.
Por g1 CE
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