quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Enfermeira e pistoleiro são condenados a 35 anos de prisão por assassinato do padrasto da mulher no CE


 Uma enfermeira e um pistoleiro contratado por ela foram condenados nesta terça-feira (6) a penas que somadas chegam a 35 anos de prisão pelo assassinato do padrasto da mulher em Quixeramobim, no interior do Ceará. A mãe da profissional de saúde, que era companheira da vítima, foi absolvida.

O crime aconteceu em maio de 2022, na CE-060. Durante as investigações, a polícia descobriu que Luís Carlos Lira Maciel, de 51 anos, foi atraído ao local pela própria enteada, que estava acompanhada da mãe quando inventou uma pane no carro. Ao chegar na rodovia, a vítima foi morta por outro homem.

Kilvya Mara Barbosa Fernandes e a mãe dela foram presas na cidade de Horizonte, uma semana depois do assassinato. Dias depois a polícia também conseguiu capturar Francisco Claudenir da Silva Gomes, contratado por R$ 7 mil para matar Luís Carlos.

Para a polícia, o crime foi planejado após o homem descobrir o envolvimento da enteada e da companheira em crimes de estelionato, inclusive contra ele. Em uma das ações, Kilvya realizou o financimento de veículos no nome do homem e ainda pegou um empréstimo com ele sem a intenção de pagá-lo.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará, Kilvya Mara foi condenada por homicídio qualificado após julgamento realizado pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara da Comarca de Quixeramobim. A enfermeira teve a pena-base fixada em 20 anos e seis meses de reclusão.

No entanto, a pena foi reduzida pela metade devido ao reconhecimento pelo júri das causas de diminuição de pena de homicídio privilegiado, em virtude de ter agido movida por motivo de relevante valor social ou moral, e da delação premiada, por ter colaborado voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores. Assim, a ré foi sentenciada a 10 anos e três meses de reclusão, com início da pena em regime fechado.

Francisco Claudenir, contratado para matar o padrasto da enfermeira, foi condenado a 25 anos, seis meses e sete dias de reclusão, também com início da pena em regime fechado.

Já a mãe de Kilvya, que era companheira da vítima, foi absolvida pelo Conselho de Sentença.

 

Por g1 CE

 

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