Uma empregada doméstica de 34 anos foi detida na última quinta-feira (19) por suspeita de furtar R$ 5 mil da casa onde trabalhava no município de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. A mulher alegou que o dinheiro furtado foi usado para pagar uma dívida do filho de 14 anos com traficantes. Ela foi solta na sexta-feira (20) após passar por audiência de custódia.
Conforme o inquérito policial, ao qual o g1 teve acesso, a suspeita foi flagrada por câmeras de segurança retirando o dinheiro do patrão de uma gaveta na qual ele costumava manter uma quantia em espécie.
À Polícia Civil, a vítima contou que vinha notando que o valor guardado estava diminuindo, motivo pelo qual resolveu instalar câmeras de segurança na casa. Na manhã de quinta-feira, ao verificar as câmeras, ele flagrou a empregada doméstica retirando dinheiro da gaveta.
Ela revelou que, primeiro, retirou R$ 5 mil da gaveta para pagar uma dívida que o filho mais novo tinha com traficantes. Ela contou ter sido procurada pelos criminosos e recebido um ultimato para quitar o valor em dois dias, caso contrário, o jovem seria morto.
No dia da prisão, em que foi flagrada por câmeras de segurança retirando mais dinheiro, ela havia furtado mais R$ 900. Esse dinheiro, contudo, acabou sendo devolvido ao dono da casa com a chegada da polícia.
Em depoimento aos policiais, a mulher contou que trabalhava na casa há cerca de dois anos e, além de cuidar da residência, também cuidava dos pais idosos do seu contratante. Ela também afirmou que tinha a intenção de devolver o dinheiro, mas acabou detida antes que tivesse a oportunidade.
Após a prisão na quinta-feira, a empregada doméstica passou por uma audiência de custódia na sexta-feira (20) e teve a liberdade provisória concedida sem fiança e sem uso de tornozeleira eletrônica, mediante o cumprimento de medidas cautelares.
Na decisão do Núcleo Regional de Custódia e Inquérito, na Comarca de Caucaia, o magistrado que analisou o caso pontuou que, nesse caso, a manutenção de uma prisão preventiva não se justificava "diante da ausência de ameaças a ordem ou persecução penal".
Ao g1, o advogado de defesa da mulher, Taian Lima, elogiou a decisão do magistrado, destacando que "tratava-se de uma mulher de vida pregressa imaculada, sem histórico de crimes e que não colocaria em risco a ordem pública.”
Agora, conforme decisão judicial, cumprir medidas como comparecer a todos as etapas do processo às quais for intimada, comparecer mensalmente ao Fórum do Eusébio para informar e justificar suas atividades, e atualizar endereço e telefone sempre que houver alteração.
Por Leonardo Igor de Sousa, g1 CE
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