Criminosos invadiram uma casa onde estavam sete
trabalhadores naturais de Pernambuco, assaltaram os homens e em seguida
atiraram em cinco deles, matando duas pessoas. O crime ocorreu no Bairro Alto
São João, em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, na noite desta
segunda-feira (30).
Segundo um dos sobrevivente, que levou um tiro na perna, ele
e os colegas são naturais do município de Tabira e trabalhavam viajando,
oferecendo serviços de restauro de fotos e esculpindo lápides de sepulturas. O
grupo estava hospedado há quatro dias no imóvel que foi invadido por cinco
homens armados.
"Eles chegaram e entraram todos encapuzados, anunciaram
que era um assalto. Levaram a gente para um quarto, mandaram deitar. [...]
Pegaram tudo, celular, documentos, carteira. Só a roupa do corpo mesmo que eles
deixaram", disse um sobrevivente.
Ainda segundo a testemunha, os criminosos indagaram se os
trabalhadores faziam parte de uma facção criminosa, o que foi negado por todos.
Mesmo assim, os suspeitos pegaram dois deles e levaram para outro cômodo.
"Eles deixaram nós cinco para dentro do quarto e
levaram os outros dois. Aí nós escutamos quando um gritou e começaram os
disparos. O outro tentou fugir, entrou no quarto que a gente estava e eles
[criminosos] começaram a efetuar vários disparos nele, que acertaram eu e os
outros", relatou o trabalhador.
Dos sete pernambucanos, dois morreram no local, três foram
baleados e outros dois não foram atingidos pelos tiros. Os feridos foram
socorridos ao Hospital Municipal de Pacatuba e em seguida transferidos ao
Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Após o atendimento,
eles receberam alta.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS)
informou que as investigações estão a cargo da Delegacia Metropolitana de
Pacatuba, com o apoio do Departamento de Polícia Judiciária Metropolitana
(DPJM).
Entre os sobreviventes, está o pai de um jovem de 21 anos,
que foi assassinado. Conforme o homem, era a primeira vez que o filho viajava
ao Ceará para trabalhar com ele.
"Ele nunca tinha vindo, não, pra cá, não. [...] É um
serviço que a gente vem e volta para Itabira. [...] Dessa vez ele tava lá sem
fazer nada, eu decidi ir pra trazer ele pra vender, né? Mas eu botei ele pra
trabalhar mais eu, ao meu lado. Infelizmente, aconteceu, né?", falou o pai
de um dos mortos.
Ainda conforme o homem, ele e os colegas já tinham costume
de pegar encomendas na cidade cearense.
"Essa questão de facção eu sabia que tinha, mas nós
éramos acostumados a vir pra cá. Tem mais de dois anos que nós trabalhamos aqui
nessa região e nunca aconteceu isso", disse trabalhador.
Por g1 CE
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