A lutadora de muay thai, Aline Paula da Silva, conhecida
como 'Aline Pitbull' não deve ser julgada pela morte da namorada. O juiz da 1ª
Vara do Júri do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) decidiu impronunciar a
acusada, ou seja, não levá-la ao Tribunal do Júri.
Conforme a sentença proferida no último dia 4 de outubro,
não há prova suficiente da autoria delitiva da ré. O Ministério Público do
Ceará (MPCE), que chegou a denunciar a mulher por feminicídio, emitiu parecer
pedindo pela impronúncia indicando que "a instrução processual não logrou
apontar as provas necessárias ao reconhecimento da autoria delitiva, restando
prejudicado o encaminhamento do feito para julgamento perante o Tribunal
Popular do Júri".
O advogado da ré, Kaio Castro disse que "embora a
impronúncia seja favorável para a defesa, as evidências nos autos clamam pela
absolvição de Aline. A perícia oficial do local do crime e do celular da
falecida demonstra de forma inequívoca a inocência da minha cliente, que chegou
a ser presa sem sequer ter sido ouvida na investigação. Lutaremos até o fim
para provar que o ocorrido foi um suicídio, para que ela seja absolvida e sua
honra seja restabelecida".
Ainda nos memoriais finais, o órgão acusatório disse que ao
analisar a prova testemunhal observou que as testemunhas não apresentaram
"elementos seguros capazes de indicar os indícios de autoria em
relação". Conforme a acusada, a namorada Ingrid Alves Martins, de 18 anos,
tirou a própria vida.
Agora, diante da sentença de impronúncia, o magistrado
destacou que ficam revogadas as eventuais medidas cautelares estabelecidas em
face da acusada.
A Polícia Civil do Ceará chegou a prender a lutadora, em
2017. Na época, o delegado Karlus Kleber, titular do 32º DP disse que a vítima
"foi encontrada em posição de suicídio, mas no local havia indícios de ter
ocorrido luta corporal. E, segundo familiares, a vítima já estava querendo
acabar com o relacionamento”.
Por Diário do Nordeste.
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