De acordo com o relato emocionado de
Adriano, marido da vítima, ele estava dirigindo o carro quando dois rapazes em
uma moto se aproximaram e dispararam tiros. O veículo foi atingido e, em
seguida, Adriano percebeu que sua esposa havia sido baleada na cabeça. O filho
de apenas dois anos estava no colo da mãe no momento do incidente. No carro,
também estava a filha, deitada no banco traseiro, que se levantou após ouvir o
disparo e avisou que o veículo havia sido atingido.
"Minha esposa que vinha do lado
disse assim, filho, isso foi tiro, filho. Aí eu: 'Vixe filho, a gente tá no
meio do tiroteio'. Aí, depois eu escutei outro tiro, quando eu escutei outro
tiro, a minha filha, que estava deitada no banco traseiro, se levantou e disse:
'Pai, nosso carro foi atingido com um tiro, um tiro pegou no nosso carro'. Aí
eu me virei e disse assim, eu disse assim: 'Filha, tem alguém, tem alguém
ferido. Aí quando eu olhei pro lado, a bala pegou aqui na minha esposa",
afirmou o marido da vítima, aos prantos.
O marido, desesperado, tentou buscar
socorro de uma viatura que passou pelo local, identificada por ele com as
iniciais "GCM" (Guarda Civil Metropolitana). No entanto, segundo seu
relato, a viatura seguiu sem prestar assistência. Adriano parou em um
estabelecimento, onde um dos funcionários o ajudou a ligar para uma ambulância,
mas a esposa não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
A vítima, mãe de três filhos, incluindo
um jovem de 23 anos, uma filha de 20 anos e o pequeno de dois, deixa uma
família em luto.
O caso é investigado pelo Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que já está ouvindo depoimentos e
analisando as primeiras informações colhidas pela Perícia Forense.
A Polícia Civil e a Polícia Militar já
estão à frente das investigações. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública
informou que a equipe forense esteve no local para realizar as primeiras
análises e que o caso está em aberto. No entanto, até o momento, não houve
menção oficial sobre o envolvimento da Guarda Municipal na ocorrência.
A TV Verdes Mares entrou em contato com
as guardas municipais das regiões de Fortaleza, Eusébio e Itaitinga para
verificar qualquer participação de viaturas no incidente. A Guarda Municipal de
Fortaleza, em nota, afirmou que não há registro de envolvimento de suas equipes
no caso. A Guarda do Eusébio também negou qualquer participação após consulta
interna. Já a Guarda de Itaitinga não retornou até o fechamento desta matéria.
A polícia segue investigando e solicita
a colaboração de possíveis testemunhas que possam fornecer imagens de câmeras
de segurança ou outras informações que ajudem a esclarecer o ocorrido.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo número 181.
Por G1 CE.
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